Vuelta a Espanha 2024 – Guia completo – Etapas, ciclistas, horários
Vai para a estrada este sábado (17/08) a 79.ª edição da Vuelta a Espanha, a última das três grandes voltas do ano.
Eeste ano é especial para os portugueses já que a prova parte pela segunda vez de Portugal, depois de em 1997 servir de promoção para a Expo 98.
O ciclismo português vive dias felizes e com três partidas e chegadas em Portugal o momento é de festa. Os convidados de honra confirmados são Rui Costa, Nélson Oliveira e João Almeida, a quem não faltará apoio dos adeptos nacionais.
Dicas úteis
Aqui vão uma série de dicas úteis acerca das três etapas em Portugal:
- Sábado, dia 17 de agosto, partida do contrarrelógio na Praça do Império (caravana 14:53, primeiro corredor 16:23, último corredor 19:18). Chegada em Oeiras, na Torre, onde estará instalada a meta.
- Domingo, dia 18 de agosto, a partida é na Baía de Cascais e os corredores assinam o ponto na praça 5 de outubro junto à estátua de D. Pedro I. A caravana parte às 9:50, a partida oficial será pelas 11:50.
- Segunda-feira, 19 de agosto, a festa do ciclismo chega à Lousã. A partida é no Parque Municipal de Exposições (caravana às 10:05, partida oficial às 11:50). A meta está instalada em Castelo Branco na Avenida Ramalho Eanes.
Percurso da Vuelta
O percurso da Vuelta tem 3304 km para percorrer ao longo dos 21 dias de prova.
Tem apenas uma etapa plana a juntar às cinco etapas acidentadas, cinco de média montanha, oito de alta montanha e dois contrarrelógios individuais.
Para além de toda esta dureza, conta com umas impressionantes nove chegadas em alto.
Os portugueses em competição
A prestação de João Almeida no Tour de France e a coliderança na prova espanhola deixa-nos a sonhar. Continuará o ciclismo português a fazer história depois das medalhas dos Jogos Olímpicos?
Esta edição da Vuelta tem significado especial também para Rui Costa, que irá tentar vencer algumas etapas. O campeão nacional venceu uma etapa na última edição da corrida espanhola, aconteceu na etapa 15.
Nélson Oliveira vem de um diploma olímpico
Nélson Oliveira vem de um diploma olímpico no contrarrelógio em Paris 2024, o ciclista português é um dos ciclistas mais importantes do bloco que a equipa Movistar coloca em redor de Enric Mas e de Nairo Quintana.
O contrarrelógio e as etapas nas quais tenha liberdade da equipa são oportunidades para brilhar.
Dias e perfis das 21 etapas
(17/08) 1.ª Etapa – Lisboa › Oeiras (12km) – Contrarrelógio Individual
Etapa inaugural desta Vuelta com um contrarrelógio individual que vai decidir o primeiro camisola vermelha desta edição.
(18/08) 2.ª Etapa – Cascais › Ourém (194km)
Segunda etapa em solo português, numa jornada com um final acidentado e com a possibilidade de um ataque tardio decidir a etapa.
(19/08) 3.ª Etapa – Lousã › Castelo Branco (191.5km)
Último dia da caravana da Vuelta em Portugal, com mais uma tirada de quase 200 km e mais duas contagens de montanha que vão dificultar a vida aos homens rápidos.
Vuelta segue para Espanha ao quarto dia
Depois da passagem em Portugal onde se prevêm dias rápidos e explosivos, a Vuelta segue para Espanha ao quarto dia onde a dureza espera os ciclistas.
Na edição deste ano há possibilidade de se fazerem diferenças quase todos os dias e as etapas planas raramente aparecem.
São 61500 metros de acumulado positivo (o Tour teve 53500 e o Giro 46600), o que tirando os contrarrelógios dá uma média de mais de 3000 metros por dia.
(20/08) 4.ª Etapa – Plasencia › Pico Villuercas (170,5 km)
Primeira etapa de alta montanha que vai organizar a geral. Subida de primeira categoria (14,6 km a 6,2 %) para finalizar a etapa e onde os primeiros favoritos podem dizer adeus à geral.
(21/08) – 5.ª Etapa – Fuente del Maestre › Sevilla (177 km)
Etapa com um dos perfis mais planos desta edição da Vuelta com uma verdadeira possibilidade de chegada ao sprint e onde a luta pela Camisola Verde dos pontos se vai começar a decidir.
(22/08) – 6.ª Etapa – Jerez de la Frontera › Yunquera (185,5 km)
Continua a dureza na Vuelta em mais um dia onde se podem fazer diferenças na geral. Etapa acidentada que também pode ir para uma fuga e com mudança de líder.
(23/08) – 7.ª Etapa – Archidona › Cordoba (180,5 km)
Etapa calma e plana mas com uma subida de segunda categoria a 25 km do final que vai servir para eliminar sprinters e levar os concorrentes à camisola verde que subam melhor, a mais uma disputa de etapa.
(24/08) – 8.ª Etapa – Úbeda › Cazorla (159 km)
Etapa de média montanha e com mais uma chegada em alto para os puncheurs lutarem pela vitória. A colocação no início da última subida será importante para um bom resultado já que tem percentagens de 20 % e o ritmo vai ser muito elevado.
(25/08) – 9.ª Etapa – Motril › Granada (178,5 km)
Etapa que antecede o dia de descanso e para a luta para a geral com três contagens de primeira categoria em sucessão e aglomeradas em apenas 70 km. Depois há descida para a meta onde vai ser preciso correr riscos para manter ou aumentar a vantagem ganha a subir.
(27/08) – 10.ª Etapa – Ponteareas › Baiona (160 km)
Etapa depois do primeiro dia de descanso que muitas vezes põe homens da geral a sofrer. Perfil acidentado e com quatro contagens de montanha, sendo a última a mais difícil com 10 km e um início muito duro onde a pendente chega aos 15 %.
(28/08) – 11.ª Etapa – Campus Tecnológico Cortizo Padron › Campus Tecnológico Cortizo Padron (166,5 km)
Nova etapa de altos e baixos e com quatro contagens de montanha. Vai ser preciso trabalho no pelotão para controlar uma eventual fuga. Depois do topo da última subida restam apenas 8 km, feitos na sua maioria a descer e é lá que se vai decidir a etapa.
(29/08) – 12.ª Etapa – Ourense Termal › Estacion De Montana De Manzaneda (137,5 km)
Perfil com apenas uma contagem de montanha mas verdadeiramente rompe pernas até à chegada da subida de primeira categoria. A partir daqui são 15,4 km a 4,7 % e onde a parte mais difícil surge no final da subida.
(30/08) – 13.ª Etapa – Lugo › Puerto de Ancares (176 km)
Nova chegada em alto e desta vez com uma subida final capaz de fazer grandes diferenças na geral. São 7,5 km a mais de 9 % de inclinação mas com várias partes ao longo da subida, onde a pendente ultrapassa os 15 %.
(31/08) – 14.ª Etapa – Villafranco del Bierzo › Villablino (200,5 km)
Etapa de média montanha quando parece que os ciclistas não têm descanso. Última subida de primeira categoria com uma pendente não muito elevada (4,5 %) mas com mais de 20 km. Etapa com perfil para uma fuga vingar se houver liberdade dada pelas equipas.
(01/09) – 15.ª Etapa – Infiesto › Valgrande-Pajares Cuitu Negru (143km)
Chegada da Vuelta a setembro onde as temperaturas começam a dar tréguas mas a dureza do perfil continua. Quatro contagens de montanha estando o melhor guardado para o fim. Subida de categoria especial (18,9 km a 7,4 %) e com pendentes que ultrapassam os 24% na parte final, que vão fazer os ciclistas sonhar com o descanso do dia seguinte.
(03/09) – 16.ª Etapa – Luanco › Lagos de Covadonga (181.5km)
Dia seguinte ao último descanso quando a geral já tem ganho forma e estão encontrados os favoritos a vencer a Vuelta a Espanha. Nova etapa de alta montanha e nova chegada em alto aos Lagos de Covadonga (12,5 km a 6,9 %) que vai fazer novas diferenças na geral.
(04/09) – 17.ª Etapa – Arnuero › Santander (141.5km)
Etapa de média montanha com duas subidas de segunda categoria que dependendo do ritmo imposto pelo pelotão pode servir para eliminar homens rápidos da luta pela etapa. Jornada importante também na luta pela camisola dos pontos com as subidas tão longe da meta, o que permite a reentrada de ciclistas descolados.
(05/09) – 18.ª Etapa – Vitoria-Gasteiz › Maestu-Parque Natural de Izki (179.5km)
Etapa de transição para as duas jornadas de alta montanha decisivas, mas nem por isso um dia fácil. Duas montanhas para ultrapassar, uma delas de primeira categoria. Dia que pode ir para uma fuga para as equipas que ainda não venceram ou para os ciclistas da geral.
(06/09) – 19.ª Etapa – Logroño › Alto de Moncalvillo (173.5km)
Com a Vuelta a chegar ao fim esta pode ser uma das últimas oportunidades para as equipas levarem uma vitória e prevê-se grande luta para entrar na fuga. A subida ao Alto de Moncalvillo faz-se em 8,6 km com 8,9 % de inclinação.
(07/09) – 20.ª Etapa – Villarcayo › Picón Blanco (172km)
Última etapa em linha antes do contrarrelógio final, naquela que é a etapa rainha desta edição. Sete contagens de montanha, três delas de primeira categoria. A última, Picón Blanco, é a mais dura e tem 8 km a mais de 9 % de inclinação.
(08/09) – 21.ª Etapa – Madrid › Madrid (24.6km) – Contrarrelógio individual
A Vuelta chega a Madrid onde se vai correr um contrarrelógio de quase 25 km. O percurso não tem grandes elevações, mas pela distância podem haver diferenças que mudem o top 10.
Os favoritos
João Almeida (UAE Team Emirates) – Vem de um Tour onde fez quarto estando no apoio a Tadej Pogačar. O português é um dos favoritos e traz consigo uma equipa muito forte nas montanhas. Vai dividir a liderança com Adam Yates, com quem se entendeu muito bem na Volta à Suiça, e vai tentar agarrar esta oportunidade de colocar uma grande volta no seu palmarés.
Primož Roglič (Red Bull-Bora-Hansgrohe) – Roglič já leva três Vueltas no palmarés e depois de um Tour menos bem conseguido, onde abandonou na 12.ª etapa, esta é mais uma oportunidade para o ciclista esloveno usar a prova espanhola como redenção. Já venceu o Dauphiné esta temporada e é um dos grandes favoritos desta Vuelta a Espanha.
Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike) – A Vuelta a Espanha adapta-se muito bem a Kuss que, não só é a prova em que mais vezes esteve à partida – 6 vezes – como também é o vencedor em título. Vem com a missão de a defender e terá muitas oportunidades de na estrada ganhar o tempo perdido nos contrarrelógios para os outros favoritos. Vem da vitória da Volta a Burgos onde mostrou estar em grande forma para atacar mais uma Vuelta.
Adam Yates (UAE Team Emirates) – Apesar de dividir a liderança com João Almeida, Adam Yates tem no percurso da Vuelta uma prova que lhe assenta muito bem com terrenos acidentados e etapas de alta montanha. O ciclista britânico fez sexto no Tour de France deste ano e apesar nunca ter vencido uma Grande Volta é um forte candidato a estrear-se este ano.
Carlos Rodríguez (Ineos Grenadiers) – Carlos Rodríguez foi o líder da Ineos Grenadiers no passado Tour e o sétimo lugar conquistado soube-lhe a pouco. Com apenas 23 anos vem de uma época extremamente regular com um segundo lugar no País Basco, seguido de uma vitória na Volta à Romandia. Traz consigo ciclistas que o vão apoiar nas etapas mais duras e é dos grandes favoritos a fazer top 3.
Richar Carapaz (EF Education-EasyPost), Ben O’Connor (Decathlon-AG2R), Mikel Landa (Soudal-QuickStep), Enric Mas (Movistar) e Mattias Skjelmose (Lidl-Trek) são outros nomes favoritos à vitória ou a um lugar no topo da classificação geral.
Startlist
Alpecin-Deceuninck
- PLANCKAERT Edward
- VERGALLITO Luca
- BALLERSTEDT Maurice
- GROVES Kaden
- HERMANS Quinten
- HOLLMANN Juri
- MEURISSE Xandro
- RIESEBEEK Oscar
Arkéa-B&B Hotels
- GESBERT Élie
- GUERNALEC Thibault
- GUGLIELMI Simon
- HUYS Laurens
- LE BERRE Mathis
- OWSIAN Łukasz
- RODRÍGUEZ Cristián
- RIES Michel
Astana Qazaqstan
- FORTUNATO Lorenzo
- BRUSSENSKIY Gleb
- GAROFOLI Gianmarco
- SCHELLING Ide
- TEJADA Harold
- UMBA Santiago
- VINOKUROV Nicolas
- LÓPEZ Harold Martín
Bahrain Victorious
- TIBERI Antonio
- CARUSO Damiano
- GRADEK Kamil
- HAIG Jack
- KEPPLINGER Rainer
- MIHOLJEVIĆ Fran
- SÜTTERLIN Jasha
- TRÆEN Torstein
Cofidis
- MARTIN Guillaume
- HERRADA Jesús
- LASTRA Jonathan
- FERNÁNDEZ Rubén
- COQUARD Bryan
- ELISSONDE Kenny
- IZAGIRRE Ion
- CHAMPION Thomas
Decathlon AG2R La Mondiale
- PARET-PEINTRE Valentin
- ARMIRAIL Bruno
- BOUCHARD Geoffrey
- GALL Felix
- LAFAY Victor
- BERTHET Clément
- DE PESTEL Sander
- O’CONNOR Ben
DSM-firmenich PostNL
- POOLE Max
- BITTNER Pavel
- HAMILTON Chris
- LEEMREIZE Gijs
- LEIJNSE Enzo
- NABERMAN Tim
- TUSVELD Martijn
- VAN DEN BERG Julius
EF Education-EasyPost
- CARAPAZ Richard
- URÁN Rigoberto
- CEPEDA Jefferson Alexander
- COSTA Rui
- DOULL Owain
- RAFFERTY Darren
- SHAW James
- SWEENY Harry
Equipo Kern Pharma
- CASTRILLO Pablo
- MIQUEL Pau
- BERRADE Urko
- GUTIÉRREZ Jorge
- IRIBAR Unai
- PARRA José Félix
- RUIZ Ibon
- SOTO Antonio Jesús
Euskaltel-Euskadi
- ABERASTURI Jon
- BERASATEGI Xabier
- BIZKARRA Mikel
- BOU Joan
- JUARISTI Txomin
- MARTÍN Gotzon
- MATÉ Luis Ángel
- ISASA Xabier
Groupama-FDJ
- GAUDU David
- BYSTRØM Sven Erik
- GENIETS Kevin
- GERMANI Lorenzo
- KÜNG Stefan
- PACHER Quentin
- ROCHAS Rémy
- THOMPSON Reuben
Ineos Grenadiers
- ARENSMAN Thymen
- HEIDUK Kim
- NARVÁEZ Jhonatan
- RIVERA Brandon Smith
- RODRÍGUEZ Óscar
- DE PLUS Laurens
- TARLING Joshua
- RODRÍGUEZ Carlos
Intermarché-Wanty
- MARIT Arne
- GOOSSENS Kobe
- MEINTJES Louis
- PAQUOT Tom
- PETILLI Simone
- ROTA Lorenzo
- TAARAMÄE Rein
- BRAET Vito
Israel-Premier Tech
- RICCITELLO Matthew
- TEUNS Dylan
- BENNETT George
- FRIGO Marco
- WOODS Michael
- RAISBERG Nadav
- SHEEHAN Riley
- STRONG Corbin
Jayco AlUla
- SCHMID Mauro
- DE MARCHI Alessandro
- ENGELHARDT Felix
- ZANA Filippo
- BERHE Welay Hagos
- DUNBAR Eddie
- SCOTSON Callum
- HARPER Chris
Lidl-Trek
- CICCONE Giulio
- GEOGHEGAN HART Tao
- KONRAD Patrick
- OOMEN Sam
- SKJELMOSE Mattias
- VACEK Mathias
- VERGAERDE Otto
- VERONA Carlos
Lotto Dstny
- DE GENDT Thomas
- VAN EETVELT Lennert
- KRON Andreas
- LIVYNS Arjen
- SEPÚLVEDA Eduardo
- GREGAARD Jonas
- CAMPENAERTS Victor
- MONIQUET Sylvain
Movistar
- MAS Enric
- QUINTANA Nairo
- SÁNCHEZ Pelayo
- RUBIO Einer
- LAZKANO Oier
- CANAL Carlos
- ARCAS Jorge
- OLIVEIRA Nelson
Red Bull-Bora-Hansgrohe
- ADRIÀ Roger
- ALEOTTI Giovanni
- DENZ Nico
- GAMPER Patrick
- LIPOWITZ Florian
- MARTÍNEZ Daniel Felipe
- ROGLIČ Primož
- VLASOV Aleksandr
Soudal Quick-Step
- LANDA Mikel
- LECERF William Junior
- PEDERSEN Casper
- ASGREEN Kasper
- CATTANEO Mattia
- VANSEVENANT Mauri
- VERVAEKE Louis
- KNOX James
UAE Team Emirates
- SOLER Marc
- ALMEIDA João
- YATES Adam
- DEL TORO Isaac
- SIVAKOV Pavel
- BARONCINI Filippo
- VINE Jay
- MCNULTY Brandon
Visma-Lease a Bike
- KUSS Sepp
- VAN AERT Wout
- GESINK Robert
- KRUIJSWIJK Steven
- AFFINI Edoardo
- VALTER Attila
- VAN BAARLE Dylan
- UIJTDEBROEKS Cian
Transmissão
As três semanas de competição vão ser transmitidas no Eurosport e na aplicação MAX. Ao todo são 74 horas de ação da Vuelta, em direto, nos ecrãs e na plataforma de streaming, apoiados no conhecimento especializado do antigos ciclistas do World Tour.
A equipa de comentadores nacionais é composta pelo quarteto Luís Piçarra, Paulo Martins, Olivier Bonamici e José Azevedo.
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