Pogacar Tour – Marcas históricas e registos supersónicos

Pogacar Tour – Marcas históricas e registos supersónicos

O que mudou Tadej Pogacar para reconquistar o Tour de France? Análise ao tri do esloveno.

Como resumir num texto o que Tadej Pogacar fez em três semanas de Tour de France? Como contar em meia dúzia de parágrafos uma história que dá um livro?

Missão impossível, por isso selecionámos os melhores momentos do esloveno.

Após dois anos a perder para Jonas Vingegaard, Pogacar conseguiu o terceiro Tour da carreira. É o mais jovem tricampeão da história aos 25 anos e 10 meses.

Fê-lo com um braço direito especial: João Almeida. O primeiro português a fechar as três “grandes” no top 5 esteve brilhante e marcou pontos na hierarquia da UAE-Emirates.

Os vencedores das classificações do Tour de France.
Créditos: A.S.O. Billy Ceusters

Giro, Tour e 12 etapas

Domínio foi a palavra de ordem. A caminho do triunfo Tadej Pogacar bateu recordes em subidas como Galibier, Pla d’Adet, Plateau de Beille e Isola 2000.

A dobradinha Giro de Itália e Tour de France foi feita pela primeira vez há 75 anos por Fausto Coppi. Desde Marco Pantani, em 1998, que não era feita com êxito.

O esloveno subiu a parada. Juntou Giro, Tour e 12 etapas – seis em cada corrida – superando ou igualando os registos de corredores de referência.

  • Eddy Merckx ganhou o Tour mais 11 etapas em 1970 (oito no Tour e três no Giro). Pogacar conseguiu 12!
  • Bernard Hinault ganhou o Tour mais sete etapas em 1979. Pogacar é o primeiro ciclista desde o bretão a vencer quatro etapas de camisola amarela vestida!
  • Laurent Fignon ganhou o Tour mais cinco etapas em 1984. Pogacar conseguiu mais uma.
  • Com 17 etapas no Tour, Pogacar é o mais jovem a atingir esta marca. Nem Mark Cavendish — recordista de etapas com 35 – o fez.
  • Entre Giro e Tour Pogacar vestiu o maillot de líder em 39 de 42 dias (20 de rosa, 19 de amarelo) 
Créditos: A.S.O. Billy Ceusters

Tadej e Jonas já são história do Tour

O livro das grandes rivalidades no Tour já tem um capítulo para Pogacar e Vingegaard.

Esloveno e dinamarquês são pioneiros em monopolizar os dois primeiros lugares da geral em quatro edições consecutivas. Logicamente nunca dois atletas tinham dividido os títulos no período de cinco anos.

É certo que não houve emoção até ao fim, mas Tadej e Jonas já são história do Tour.

De resto, marcaram tanto a diferença para os demais que a última etapa, em Nice, saldou-se com esporádicas retificações na classificação geral. Giulio Ciccone perdeu o 10° posto para Santiago Buitrago e no top 50 ninguém melhorou mais do que um lugar.

Atletas e staff da UAE-Emirates festejam com Pogacar.
Créditos: A.S.O. Billy Ceusters

Troca de treinador foi chave

Após o desfalecimento no Col du Granon (2022) e da queda na Liège que marcou o Tour de 2023, Pogacar foi consistente nesta edição.

Há fatores que explicam a solidez demonstrada. A troca de treinador coincide com o regresso da melhor versão do esloveno.

Desde outubro que Íñigo San Millán saiu da UAE-Emirates para coordenar o departamento de rendimento do Athletic de Bilbao. Do treino do esloveno passou a encarregar-se Javier Sola.

Tem 37 anos, é sevilhano e só está na equipa desde 2023. Sola estreou-se logo no ano da dobradinha, o maior desafio físico e mental para qualquer voltista.

“É excepcional, mas o que mais me chama a atenção é rápido que se põe em forma. Os números, watts, VO2max, limiares, lactato são espetaculares, mas vês que tem quatro semanas de treino e, caramba, pensas que este melhora mais rápido do que os outros. Também assimila melhor a nutrição. Os grandes craques assimilam tudo melhor do que os demais. A genética tem muito peso.”

Javier Sola em entrevista ao El País.

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