Nunca uma equipa tinha vencido Tirreno-Adriático e Paris-Nice na mesma temporada. Até que chegou a Visma | Lease a Bike e o fez.
A estrutura neerlandesa já tinha feito história em 2023 ao vencer as três grandes Voltas e fazer o pleno no pódio da Vuelta.
Ao ganhar o Paris-Nice com Matteo Jorgenson e o Tirreno-Adriático com Jonas Vingegaard a Visma | Lease a Bike acrescentou mais um capítulo à história do ciclismo.
O dinamarquês também venceu as duas etapas de montanha e juntou a “Corrida dos Dois Mares” à Volta ao País Basco e ao Dauphiné.
Além de bicampeão do Tour de France, Vingegaard aspira a vencer as sete maiores provas de uma semana. Sabem quem está a uma de as ganhar todas? Primoz Roglic, caso vença a Volta à Suíça, onde não tem previsto ir este ano.

Visma chegou às 16 vitórias
Ao vencer em Nice, o estadunidense Matteo Jorgenson fez algo raro: nos últimos 40 anos só Sean Kelly (1998) e Frank Vandenbroucke (1998) venceram a “Corrida do Sol” após alinharem no fim de semana de abertura.
Jorgenson foi protagonista na Omloop Het Nieuwsblad e voltará ao pavê para correr GP E3 Harelbeke, Volta à Flandres e Paris-Roubaix.
É uma mais-valia a polivalência do corredor de Boise (Idaho), que deverá substituir Roglic como parceiro de Vingegaard no Tour de France.
Nas estradas francesas deu ótimas indicações sendo o único capaz de responder aos ataques de Remco Evenepoel.

Menção honrosa para a Lidl-Trek
No Passeio dos Ingleses, em plena Riviera francesa, a Visma chegou às 16 vitórias. Foi um período de um mês de competições onde ultrapassou a UAE-Emirates (15).
Nem todas as equipas rendem a este nível, mas se podemos destacar outra tem que ser a Lidl-Trek.
A formação do Wisconsin encontrou a melhor versão de Jonathan Milan no Tirreno-Adriático e de Mattias Skjelmose no Paris-Nice.

Milan bateu Jasper Philipsen em dois sprints – os outros dois foram para o belga da Alpecin-Fenix e para alemão Phil Bauhaus da Bahrain. O italiano compensou as duas derrotas de Mads Pedersen contra Kooij no Paris-Nice.
Em termos de voltistas foi ao contrário. Em Itália pólvora seca para Tao Geoghegan Hart e em França tiros certeiros de Skjelmose que venceu em La Colle-sur-Loup e fechou em 4º o Paris-Nice. Com um Pedersen instrumental a rebentar com o pelotão nas etapas decisivas.
Foi um início de março em grande para a Lidl-Trek, na sequência de um fevereiro onde já tinham ganho Tour de la Provence e Étoile de Bessèges.