Querido Luxemburgo, por João Almeida e Rui Costa

Querido Luxemburgo, por João Almeida e Rui Costa

O campeão João Almeida, Rui Costa com o Benfica e o estreante Rúben Guerreiro. Memórias portuguesas da Volta ao Luxemburgo.

João Almeida tinha 23 anos quando foi campeão e Rui Costa era neo-pro. À partida para mais uma edição da Volta ao Luxemburgo, o TopCycling propõe uma viagem ao passado.

A primeira vez de Rui Costa no Grão-Ducado foi em 2008, ainda o poveiro corria pelo Benfica. Nesse ano José Azevedo foi 6.º pelas “águias” e o sprinter Javier Benítez alcançou um top 5 em Mondorf – cidade adotiva de Acácio da Silva.

“Foi no meu primeiro ano de profissional e ficou sobretudo com boas recordações das experiências que vivemos. Lembro-me da multidão às partidas e às chegadas. Era o autocarro do Benfica e era um mar de portugueses a vibrar com uma grande equipa portuguesa. Até fomos visitar algumas Casas do Benfica e mais do que a corrida foi isso que me ficou na memória.”

Rui Costa ao TopCycling.

Essa edição foi também de boa memória para a Duja-Tavira que a colocou o búlgaro Daniel Petrov no 8.º lugar final.

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Conheci o Acácio da Silva e o Andy Schleck

João Almeida estreou-se na prova em 2021, o último ano em que correu pela Quick-Step. Tinha 23 anos e dominou graças a um contrarrelógio demolidor em Dudelange.

Parece coisa do destino, mas no clube de Dudelange deu as primeiras pedaladas Acácio da Silva, seguindo os irmãos Francisco e José. Depois viria a camisola amarela do Tour, a rosa do Giro, o prestígio internacional.

“Foi há três anos, mas parece que foi há uma eternidade. Foi um dos meus momentos altos e sinceramente lembro-me de tudo o que aconteceu. Conheci o Acácio da Silva e o Andy Schleck. Recordo-me desses dias com grande felicidade, recordo-me do apoio que senti num país com tantos portugueses e até vejo essas fotografias de vez em quando. As sensações eram bastante más, a corrida foi todos os dias à chuva e só me senti bem no contrarrelógio. Sentia-me todos os dias mal e depois ganhava a etapa. Foram sensações mistas, mas as pernas estavam lá e reforça-me que mesmo tendo más sensações vale a pena lutar até ao fim e dar o meu melhor. Às vezes até me surpreendo comigo próprio.”

João Almeida ao TopCycling.

O Luxemburgo viria a cruzar-se com João Almeida no Giro de 2023. No pódio do Monte Bondone – onde o luxemburguês Charly Gaul foi o primeiro a ganhar em 1956 – o português conheceu Fabienne Gaul, filha do “Anjo das Montanhas”.

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Créditos: LaPresse

O estreante Rúben Guerreiro

Em 2024 há mais um português que vai conhecer a corrida luxemburguesa. O estreante Rúben Guerreiro teve que esperar até aos 30 anos para se juntar à lista de ilustres.

O momento é importante: problemas nas costas estragaram o ano ao Cowboy de Pegões Velhos. Felizmente o corpo respondeu nas clássicas do Canadá: 15 no GP do Québec e 33 no GP de Montreal, onde uma hesitação na colocação impediu um melhor resultado.

“Foi pena porque vinha com pernas para top 10, mas o mais importante é estar na frente. Depois de uma época complicada em que tive que parar dois meses – em abril e em maio nem toquei na bicicleta e em julho e em agosto, até à Volta à Alemanha, não encontrava o ritmo. Tentarei estar atento [no Luxemburgo], com muita ambição para fazer um bom final de temporada. Ainda tenho algumas clássicas em Itália e a Volta a Guangxi que é uma corrida WorldTour. Gostava de terminar bem este ano tão difícil, o mais difícil de todos.”

Rúben Guerreiro ao TopCycling.

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