As 13 vitórias além-fronteiras do ciclismo português em 2023

As 13 vitórias além-fronteiras do ciclismo português em 2023

Rui Costa e João Almeida comandaram Portugal bem secundados por Rúben Guerreiro e Iúri Leitão. Foi um 2023 forte do ciclismo português no estrangeiro.

Em 2023 os profissionais portugueses que correm no estrangeiro deram um salto qualitativo. No total houve 22 vitórias portuguesas na temporada de ciclismo, sendo que 13 foram obtidas em provas de elites realizadas fora de Portugal.

Nestas contas não entra a vitória de António Morgado na 5ª etapa do Orlen Nations Grand Prix por ser um evento da Taça das Nações sub-23.

Comparemos com anos recentes: quatro triunfos em 2022, três em em 2021,dois em 2020, um em 2019 e seis em 2018. Este ano foram 13 vitórias além-fronteiras do ciclismo português. Recordemos a ordem cronológica das mesmas:

  • Troféu Calvià – Rui Costa
  • Saudi Tour + 4ª etapa – Rúben Guerreiro
  • Volta à Comunidade Valenciana + 5ª etapa – Rui Costa
  • Volta a Rodes – António Morgado
  • Volta à Grécia + 3ª etapa – Iúri Leitão
  • Giro de Itália 16ª etapa – João Almeida
  • Boucles de la Mayenne prólogo – Ivo Oliveira
  • Vuelta a Espanha 15ª etapa – Rui Costa
  • CRO Race 2ª etapa – Iúri Leitão
  • Japan Cup – Rui Costa
Rui Costa venceu na Vuelta 10 anos após ganhar no Tour. Uma década entre vitórias em grandes Voltas.
Créditos: Sprint Cycling Agency

Volta joga na terceira divisão mundial

As 13 vitórias de 2023 foram obtidas em provas de categoria 2.1 ou superior, aliás, a única corrida 2.2 na lista é a Volta a Rodes. Em eventos desta categoria a UCI não permite a participação de WorldTeams nem ProTeams (neste caso só do país organizador).

Isto ajuda a perceber o contexto competitivo em que os atletas se inserem. Tomemos como exemplos a Volta a Portugal (2.1) e a Volta ao Algarve (2.Pro). A tradição e a história são inquestionáveis, mas a Volta joga na terceira divisão mundial enquanto a Algarvia está na segunda.

Em 2024 Portugal terá um segundo evento na segunda divisão já que a Figueira Champions Classic (1.Pro) sobe um escalão. Com isso os convites às WorldTeams passam de 50 a 70 por cento do pelotão, não há limite de ProTeams nem de Continentais domésticas.

Iúri Leitão bateu Elia Viviani na CRO Race.
Créditos: Sprint Cycling Agency

Nova geração deve apurar o instinto matador

Esmiuçando os números da temporada podemos ver que além dos 13 triunfos no estrangeiro os atletas nacionais ficaram por 12 vezes no 2º lugar e por 11 vezes no 3º.

João Almeida perdeu Volta à Polónia e Tirreno-Adriático por um e 18 segundos, respetivamente; Rúben Guerreiro foi batido em dose dupla no Gran Camiño por Jonas Vingegaard; Iúri Leitão fez quatro pódios ao sprint e voltou a posicionar Portugal no mapa do sprint.

A nova geração deve apurar o instinto matador. João Almeida, por exemplo, com 11 pódios está num grupo de luxo ao lado de Wout Van Aert (16 pódios), Olav Kooij e Remco Evenepoel (14), Mads Pedersen e Filippo Ganna (12).

Claro que um desses pódios foi o do Giro de Itália… 44 anos após Joaquim Agostinho no Tour de France! Juntando a vitória no Monte Bondone, a regularidade em corridas de uma semana e o top 10 na Vuelta a Espanha temos o melhor ano de João Almeida desde que é profissional.

Portugal fecha 2023 como 12ª nação no ranking UCI, o melhor resultado dos últimos oito anos (17ª em 2022, 14ª em 2021, 13ª em 2020, 23ª em 2019 e 19ª em 2018).

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