Dinamarquês Henrik Pedersen venceu a prova de fundo do Europeu. Portugal meteu António Morgado no 14º posto.
A prova de fundo dos sub-23 masculinos teve 136,5km e os primeiros 65km serviram para levar os corredores até ao circuito final. Aí deram cinco voltas (14,3km cada) com meta no Vamberg, colina com 1500m e 4,2% de média.
Fabricado sobre um antigo aterro que se tornou subida de culto nos Países Baixos, o Vamberg é traiçoeiro por incluir uma curta descida e subsequente subida de 10% num setor de 400m de pavé.
O campeão e o vice-campeão saíram da fuga! Henrik Pedersen surpreendeu o espanhol Ivan Romeo na subida final e levou o título europeu, já na luta pelo bronze foi o francês Paul Magnier que prevaleceu.
Triunfo do atleta da Coloquick – equipa que formou Jonas Vinvegaard – que não fez qualquer resultado relevante em provas internacionais na presente temporada. A Dinamarca não vencia desde que Casper Pedersen (vencedor da Figueira Champions Classic) em 2017. Nessa edição Casper Pedersen bateu Benoit Cosnefroy (campeão mundial nesse ano) e Marc Hirshi (campeão europeu e mundial sub-23 em 2018).
Caótico Vamberg tirou Portugal das medalhas
Desde que Carlos Salgueiro foi 9º no Europeu de Plouay, em 2019, que a seleção nacional tem estado ausente do top 10 na prova de fundo.
António Morgado sabia que o percurso não o favorecia, mas que era mais duro do que o esperado, como contou o vice-campeão mundial sub-23 após o reconhecimento.
Morgado e Gonçalo Tavares estiveram sempre no grupo principal, mas o caótico Vamberg tirou Portugal das medalhas.
“Estava com pernas para ganhar uma medalha, vinha muito bem colocado, mas, a quatro quilómetros da meta, um corredor ucraniano caiu mesmo à minha frente. Desviei-me e, com essa manobra, perdi muitas posições e fiquei quase em último do pelotão.”
António Morgado
Portugal alinhou ainda com João Martins, que caiu no acesso ao circuito, mas concluiu a prova no 98º lugar. Diogo Narciso ficou “cortado” devido a uma queda no pelotão e fechou 94º.
Na prova de fundo dos sub-23 Portugal mantém-se com duas medalhas: a prata de Nélson Oliveira em 2010 e o ouro de Cândido Barbosa em 1996.
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