Quem são os sprinters de referência no próximo Tour de France? De Philipsen a Cavendish analisamos como chegam os homens rápidos.
Rosa, amarelo e vermelho são cores marcantes no mundo do ciclismo, mas é o verde que dá esperança aos sprinters de ficarem na história do Tour de France e do ciclismo.
Para um sprinter subir ao pódio final da 111.ª edição do Tour de France, tem que vencer a classificação da regularidade.
O maillot verde permite aos caça etapas serem protagonistas na festa final da maior corrida por etapas do calendário.
Neste artigo analisamos o contexto do top 5 dos sprinters no Tour de France.
Mark Cavendish (Astana)
Aos 39 anos, Mark Cavendish (Astana) tem nas pernas a oportunidade de conquistar um dos feitos do ano. Repescado por Patrick Lefevere em 2021, quando estava há cinco anos sem vencer no Tour de France, teve um regresso daqueles que só acontecem nos filmes.
Venceu por quatro vezes nessa edição e ganhou a classificação da regularidade. Com este póquer chegou às 34 etapas igualando o recorde de Eddy Merckx que durava desde 1975.
Caso vença a 35.ª etapa ultrapassa o “Caníbal” o que permitiria ao “Míssil da Ilha de Man” consolidar um lugar na história do ciclismo.
Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck)
Em 2023 Jasper Philipsen passou de Jasper the Disaster para Jasper the Master. Foi o melhor sprinter do Tour de France e o ciclista mais ganhador da época com 19 triunfos.
Este ano chega com quatro triunfos, incluíndo a Milão-Sanremo. No entanto, acaba de ser derrotado nos Nacionais da Bélgica por Arnaud De Lie e na Volta a Bélgica por Tim Merlier, grande ausente no Tour de France.
Voltará a ter em Mathieu Van der Poel um escudeiro de luxo, mas perdeu o lançador Jonas Rickaert por queda nos Nacionais. A boa relação Philipsen-Van der Poel foi chave para renovar com a Alpecin-Deceuninck até 2028.
Mads Pedersen (Lidl-Trek)
Depois da excelente prestação de Jonathan Milan no Giro d’Itália é a vez de Mads Pedersen se apresentar ao serviço da equipa americana.
O campeão mundial de 2019, em Yorkshire, chega ao Tour de France com oito vitórias numa Lidl-Trek que já leva 30.
Nas clássicas destacou-se ao ganhar a Gent-Wevelgem e no regresso após a pausa chegou à primavera a todo o gás vencendo no Criterium du Dauphiné e vestindo a amarela.
A camisola verde será objetivo secundário do dinamarquês, que cresce nas etapas duras em que outros sprinters sofrem para evitar o fora de controlo.
Arnaud De Lie (Lotto Dstny)
O “Touro” Arnaud de Lie estreia-se no Tour de France. É a chegada aos grandes palcos de um corredor que cresceu sob os holofotes da exigente imprensa belga.
De Lie terá o apoio da Lotto Dstny para estar bem colocado nas etapas ao sprint. O comboio do jovem formado na “casa” é composto por Jarrad Drizners e Cedric Beulens.
O recém coroado campeão belga – o mais jovem desde Roger De Vlaeminck em 1969 – vai correr o Tour de France com a mítica “tricolor” e motivação não vai faltar.
Que o título tenha sido conquistado perante Tim Merlier e Jasper Philipsen mostra que o “Touro” De Lie está pronto para as grandes praças.
Outros sprinters a ter em conta
Arnaud Démare (Arkéa-B&B Hotels) – Desentendeu-se com a Groupama-FDJ ao ficar dois anos fora do Tour de France, ao qual regressa com a Arkéa. A temporada tem sido uma desilusão: zero pódios em 47 dias de competição.
Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) – Saiu do Giro d’Itália com duas quedas e parecia recair na dinâmica negativa do último ano e meio. Quis o destino que essa momento marcasse um ponto de viragem e Bini deu a volta por cima vencendo o Circuito Franco Belga. Também cheirou o triunfo na clássica de Bruxelas e na Volta a Colónia, um ótimo sinal para o eritreu de 24 anos que quer dar à Intermarché-Wanty a primeira vitória no Tour de France.
Michael Matthews e Dylan Groenewegen (Jayco AlUla) – A dupla da Jayco AlUla já deu à equipa quatro vitórias e muitos pódios em 2024. Chega ao Tour motivada pela conquista do título nacional por parte de Groenewegen, que somou três triunfos entre maio e junho. São atletas que se complementam: Matthews vai à luta nos dias onde Groenewegen estará no grupeto e pode ser a ajuda perfeita no lançamento de do sprinter mais puro da equipa. Quem se lembra daquela magnífica vitória do australiano em Mende, em 2022, após sofrer na subida Laurent Jalabert?
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