O ângulo das manetes dos travões dos corredores será monitorizado de perto a partir da próxima época, anunciou a UCI, pois (mais uma vez) considera que a posição adotada pelos corredores nestas circunstâncias é perigosa.
Nos últimos anos, muitos ciclistas adotaram esta mudança no guiador pois assim a área frontal do corpo exposta ao vento diminui, criando uma posição mais aerodinâmica. No entanto, de acordo com a UCI, quando levada ao extremo a mudança pode dificultar o acesso às mudanças e aos travões devido à posição adotada pelas mãos nesta configuração.
Alguns ciclistas já tinham apelidado esta transfiguração no guiador de “estúpida” e “perigosa”.
Já a partir da próxima época vão ser impostas restrições “aos ângulos utilizados” revelou a UCI num comunicado de imprensa após o seminário anual do WorldTour, que teve lugar esta semana em Lausanne.
Numa declaração partilhada nesta quinta-feira, a UCI escreveu:
“O posicionamento das manetes com uma inclinação extrema, limita a capacidade de travagem dos ciclistas e constitui uma modificação do produto para além da sua utilização prevista.”
Este ajuste das manetes surgiu depois da UCI ter proibido algumas posições aerodinâmicas adotadas pelos ciclistas como o famoso “supertuck” muito utilizado por Froome e os antebraços apoiados no guiador que ajudaram às vitórias De Gendt em muitas das suas famosas fugas.
Este posicionamento será monitorizado pela UCI em 2024, e em 2025 entrarão em vigor novos regulamentos, que exigem o cumprimento das diretrizes de instalação das manetes por parte dos fabricantes.
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