O que muda no Giro de Itália sem Remco Evenepoel? Qual a postura da líder Ineos? João Almeida em discurso direto no dia de descanso.
Sorridente e ainda de bigode, João Almeida confirmou que está em bom momento e que o objetivo continua a ser o pódio. Por agora é 4º a 22 segundos de Geraint Thomas, uma situação mais favorável do que quando terminou o contrarrelógio e estava a 1:07 de Remco Evenepoel – que entretanto abandonou por COVID-19.
O corredor da UAE-Emirates explicou que “a melhor forma que tive numa grande Volta foi em 2021 no Giro e este ano estou ao mesmo nível. Melhor do que no ano passado. Fisicamente foram dias duros portanto no geral foi uma boa primeira semana. Estou onde esperava estar”.
Parte da conversa incidiu sobre o que mudará no Giro agora que Evenepoel não está em prova?
“Vai mudar muito porque ele era um dos grandes candidatos ao Giro. A corrida fica mais pobre, seria mais disputada e com mais surpresas. Se calhar até era melhor para mim. A Soudal Quick-Step também tem uma equipa forte e iam assumir a corrida em alguns dias. A minha abordagem não vai mudar, vou focar-me em fazer a minha corrida. Os adversários são os mesmos… Thomas, Tao, Vlasov, Caruso.”
“Ineos vai ter uma camisola para defender“
Ao longo do dia de descanso foram vários os rivais com piropos ao português. Geraint Thomas e Aleksandr Vlasov veem um João Almeida muito forte.
“Assim como eles acham que eu estou forte, eu também acho que eles estão fortes. Há um respeito mútuo que é bonito no desporto. Os Ineos estiveram muito bem no contrarrelógio. Não estou surpreso com a Ineos porque o Geraint e o Tao são ótimos corredores, apenas com a forma como se apresentaram no contrarrelógio.”
É precisamente sobre a Ineos que agora recai o peso de liderar o Giro. Geraint Thomas é o novo líder e Tao Geoghegan Hart ocupa o 3º lugar.
“A Ineos vai ter uma camisola para defender e controlar, com dois corredores bem colocados na geral. Se calhar vamos continuar a ter uma Jumbo-Visma atacante, infelizmente sem terem a melhor equipa pelas baixas por Covid que tiveram antes do Giro. Se o ambiente for propício também nós iremos tentar atacar, depende das etapas.”
Tudo em ordem com o posicionamento
Tal como a maioria dos corredores João Almeida confirmou que a primeira semana de prova teve como principal dificuldade o mau tempo e o frio. Vêm por aí jornadas planas – a 10ª etapa finaliza em Viareggio e a 11ª em Tortona – com mais chuva no horizonte segundo as previsões meteorológicas.
A fechar um apontamento sobre um tema recorrente no Giro do ano passado. Está tudo em ordem com o posicionamento, aliás, na atual edição o pior que João Almeida fechou foi na 60ª posição.
Sobre este tópico o líder da UAE-Emirates reconheceu que estar “contente com o posicionamento etapa a etapa. Tenho tentado mesmo nas chegadas ao sprint estar na frente para evitar problemas.”
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