O TopCycling falou com Aleksandr Vlasov e Lennard Kamna no dia de descanso do Giro de Itália. João Almeida elogiado pelos líderes da Bora-Hansgrohe.
A Bora-Hansgrohe tem feito uma corrida sólida e conta com Aleksandr Vlasov a 1:03 e Lennard Kamna a 1:52 do novo líder Geraint Thomas, promovido ao 1º posto após abandono de Remco Evenepoel.
Vlasov ganhou o Giro sub-23 a João Almeida em 2018 e tem sido rival de longa data do português. O TopCycling quis saber a leitura do russo face à luta pela classificação geral.
“O Almeida é muito forte, todos falam de Roglic e da Ineos, mas o Almeida é muito, muito forte. Tem um ritmo muito forte na montanha e tem uma boa equipa. Já fez algumas vezes top 10 no Giro e está ainda mais forte este ano. Já vi nas corridas prévias que ia forte e pode ser um corredor perigoso ao qual há que estar atento.”
Aleksandr Vlasov ao TopCycling.
“Tao tem sido o mais impressionante“
Se Vlasov quer estar no pódio em Roma e vai lutar pelo melhor resultado possível – dando a entender que um 2º ou um 3º lugar pode ser um bom resultado – o colega Lennard Kamna tenta pela primeira vez fazer três semanas com o objetivo de uma boa classificação geral final.
“Primeiro quero tentar fazer top 10, seria um grande feito para mim. Ainda há muito bons rivais atrás de mim. Ficaria muito contente por fechar top 10. Há muitas etapas de montanha super interessantes onde se podem fazer diferenças. Eu quero não perder tempo na segunda semana, estar tão bem quanto for possível.”
O TopCycling também quis ouvir Kamna sobre a concorrência e quem mais o surpreendeu na primeira semana.
“Neste Giro temos muitos e bons rivais. Tao e Thomas estão em grande forma, o Almeida e o Roglic também. O Tao tem sido o mais impressionante. Fiquei impressionado e muito surpreendido com o contrarrelógio dele.”
Lennard Kamna ao TopCycling.
Subir de forma rumo à terceira semana
A estratégia da Bora-Hansgrohe é ir mantendo as opções em aberto com ambos os líderes. A tática agrada a Aleksandr Vlasov.
“O Kamna é um corredor forte, vamos ver ao longo da corrida como é que ele se sente, como é que eu me sinto. Por agora estamos ambos no top 10, temos que ir vendo dia a dia. É bom ter dois líderes porque algo pode acontecer e podemos ter um momento em que um dos dois perde tempo e pode ajudar o outro.”
Algo que o russo acrescentou foi a dureza na primeira semana. Horrível foi a palavra utilizada por Vlasov para descrever a chuva, o frio e as quedas vividas no pelotão. Se alguém anseia por dias de sol é o 4º classificado do Giro de 2021 e 5º no Tour de 2022 que espera subir de forma rumo à terceira semana.
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