42.ª Volta ao Alentejo arranca na quarta-feira

42.ª Volta ao Alentejo arranca na quarta-feira

Última semana de março traz a Volta ao Alentejo com 19 equipas na luta pela vitória até domingo, dia 30. Apresentamos o percurso!

Desde 1982 na estrada, a Volta ao Alentejo é história viva do calendário nacional e foi ganha, em 2024, por Eduard Prades (Caja Rural – Seguros RGA).

O campeão olímpico Iúri Leitão, também da equipa espanhola, venceu a última etapa da Volta ao Alentejo e ganhou a camisola dos pontos.

Iúri Leitão, o campeão que salvou a carreira na pista | Entrevista

Créditos: FPC

O percurso da Volta ao Alentejo

1.ª etapa – Beja é o palco de partida da Volta ao Alentejo de 2025, numa primeira etapa de 166,6 km que deve acabar ao sprint, em Moura. Pelo meio, três metas-volantes e duas contagens de montanha de quarta categoria.

O TopCycling consultou a Bíblia do ciclismo nacional, em geral, e do alentejano, em particular, Teixeira Correia, uma vez mais speaker da prova. Alentejano de gema, Teixeira Correia avisa que a prova arranca em terreno duro, com uma jornada que se costuma partir logo na subida em Monsaraz. A partir daí seguem junto às margens do Alqueva, apanham a zona sinuosa da Amareleja e a haver sprint não deverá ser massivo.

2.ª etapa – O segundo dia traz partida em Castro Verde chegada a Grândola, num percurso de mais de 171 km que conta com três contagens de montanha – duas de quarta categoria e a última de terceira – e outras tantas metas-volantes. A tarde pode servir para marcar as primeiras diferenças na geral.

Primeiro apanham uma zona de pequenas montanhas junto a Odemira e na parte final o percurso entre Santiago do Cacém e Grândola tem a Serra de São Francisco como principal dificuldade. Atenção à Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua que já venceu duas vezes nesta chegada com Leangel Linarez.

3.ª Etapa – Sexta-feira está reservada para a etapa mais longa da Alentejana: Carvalhal recebe a partida e, 180 km depois, o pelotão vai cortar a meta em Arraiolos, onde uma rampa com menos de 1 km pode selecionar o sprint.

Pelo meio, há três metas-volantes e duas contagens de montanha de quarta categoria.

4.ª Etapa – A etapa rainha será no sábado: a corrida começa em Monforte e termina ao cabo de 147,7 km em Castelo de Vide. Os ciclistas terão de enfrentar seis contagens de montanha – a primeira de segunda categoria e as restantes de terceira – e três metas-volantes, num dia que pode muito bem ser o da decisão no que à geral diz respeito.

Atenção à passagem em pavé em Portalegre antes da subida de Cabeça do Mouro, uma descoberta made in Alentejana utilizada na Volta a Portugal de 2001 e ganha por Andrei Zintchenko (LA/Pecol). Segue-se a subida à Serra de São Mamede, passagem pelo magnífico Marvão e um circuito em Castelo de Vide com dupla subida à igreja de Nossa Senhora da Penha. A cereja no topo do bolo é a subida de 2 km para a meta.

Pode ser um dia ideal para Afonso Silva, Há esperança de que pela primeira vez um alentejano ganhe a alentejana. Afonso Silva, da Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, 4.º em 2024 e que pode ser o primeiro alentejano a vencer a Volta à região.

5.ª Etapa – A quinta e última etapa da Volta ao Alentejo deve sorrir aos sprinters: de Estremoz a Évora serão 151,1 km, com três metas-volantes e uma contagem de montanha de quarta categoria na viagem.

O vencedor terá a honra de vestir o chapéu tradicional alentejano, feito de pelo de coelho, indumentária típica dos cantadores do Cante Alentejano. Nada fica ao acaso na prova, que como troféu oferece ao campeão um chocalho feito em Alcácer do Sal que é património da Humanidade tal como o Cante Alentejano.

Lista de partida com destaques internacionais

A Caja Rural-Seguros RGA – vencedora das últimas três edições da Volta ao Alentejo – é uma de duas ProTeams que vai correr a Alentejana, com a Euskaltel-Euskadi.

Numa lista de partida com destaques internacionais, contam-se ainda cinco Continentais, três delas projetos satélites de conjuntos do WorldTour: EF Education-Aevolo (EUA), Academia Israel-Premier Tech (ISR) e UAE Emirates-Gen Z (EAU), que venceu o Troféu Internacional da Arrábida.

Sem esquecer as nove Continentais portuguesas e às três melhores equipas nacionais de clube.

Ler mais | Guia das equipas portuguesas de ciclismo – Época 2025

Os diretores das equipas reuniram-se com a direção de corrida na terça-feira.
Foto: Podium Events

Também há ação no XCO

Lisboa recebe nos dias 29 e 30 de março a XCO Super Cup: sábado está reservado para treinos, no domingo a ação começa às 11h00. O percurso, em Monsanto, terá quatro quilómetros e contará com vários obstáculos, tanto naturais como artificiais.

Por fim, sábado realiza-se a UCI Gravel 114, prova internacional de gravel que passará por dois países: a partida é em Elvas, no Parque da Piedade e a chegada é do outro lado da fronteira, em Badajoz, no Guadiana Park, num percurso de 123 quilómetros.

Ler mais | Raquel Queirós em entrevista: “Vou correr na minha própria equipa de BTT”

Outros eventos oficiais

  • 29 de março: II Taça do Algarve Cadetes e Juniores, Loulé
  • 29 de março: Campeonato do Algarve Cadetes e Juniores, Loulé
  • 29 de março: Encontro Regional de Escolas de Estrada – Circuito JG, Loulé
  • 30 de março: 3.ª Taça Regional XCM – Rota da Lampreia, Penacova
  • 30 de março: 2.º Encontro de Escolas de CE – Brisa Sem Açúcar, São Vicente
  • 30 de março: DHI #2 São Miguel 2025, São Miguel30 de março: EE #2 Escolas Terceira 2025, Terceira
  • 30 de março: 2.ª Taça da Madeira de CE – Brisa Sem Açúcar, São Vicente
  • 30 de março: 12.º BTT XCO Paredes de Coura, Vascões, Paredes de Coura

Créditos da fotografia de destaque: FPC

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