Campeão mundial de contrarrelógio venceu isolado na Figueira da Foz. Rúben Guerreiro top 10.
Não é mago nem ilusionista. Também não tem o talento multifacetado do showman Fernando Pereira que se prepara para animar as noites do Casino da Figueira com o espetáculo “The Lord of the Voices”.
Remco Evenepoel não sorri muito e cumpre com profissionalismo os apontamentos com os média. Sem conquistar a plateia como Tadej Pogacar nem o carisma de Mathieu van der Poel.
Só que o belga é especial. Em bebé só pode ter caído no caldeirão mágico de Panoramix porque tem forças sobre-humanas só vistas em contadas ocasiões ao longo da história do ciclismo.
No ano em que se vai estrear no Tour de France, Remco Evenepoel decidiu arrancar em Portugal e juntou a Figueira Champions/Casino da Figueira a um palmarés que conta com 51 vitórias.
Soudal Quick-Step revalidou o título
Horas antes do início da corrida arriscavam-se prognósticos na zona de meta, situada na Avenida 25 de abril, no centro da Figueira da Foz.
O percurso de 222,1 km foi reduzido para 192,4 km devido ao mau tempo que obrigou a dar menos uma volta ao circuito final.
Remco Evenepoel não desapontou os que apostaram nele e atacou a duas voltas do final chegando a solo.
Deu quase 2:00 aos perseguidores que ficaram a discutir o pódio e que nunca deram a sensação de contrariar o “contrarrelógio” de 55 km do belga.
Homens da casa voltaram a ser protagonistas.
António Morgado e Rúben Guerreiro procuraram o protagonismo. Atacaram na penúltima subida e foram sempre marcados de perto, mas o público vibrou como raras vezes pode fazer com a atitude do “Bigode Voador” e do “Cowboy”.
Rúben Guerreiro foi 9.º e António Morgado 15.º. Após o 4.º de Rui Costa em 2023 os homens da casa voltaram a ser protagonistas.
Vito Braet (Intermarché-Wanty) venceu o sprint pelo 2.º lugar na frente do campeão de Itália Cristian Scaroni (Astana).
A Soudal Quick-Step revalidou o título que Casper Pedersen tinha ganho em 2023.