Lombardia | Pogacar pronto para igualar o mito Coppi

Lombardia | Pogacar pronto para igualar o mito Coppi

Tadej Pogacar é o favorito para a Volta à Lombardia. Quem o pode derrotar? O top 10 é realista para os portugueses? Como é o percurso?

Sábado, 11 de outubro, o ciclismo reserva-nos mais um encontro com a história na Volta à Lombardia, na qual se espera que Tadej Pogacar iguale as cinco vitórias de Fausto Coppi.

Com o esloveno acabamos sempre a falar de lendas como Eddy Merckx ou Fausto Coppi e não por saudosismo, mas por ser um talento geracional que podemos ver. Ninguém nos contou nem foi preciso ler um livro.

Esta terça-feira, na Tre Valli Varesine, última prova do Tríptico Lombardo, que serve de preparação para sábado, deu mais uma demonstração de brilhantismo. Quando ninguém esperava arrancou numa descida a 20 km da meta e chegou com tempo para cumprimentar os espetadores.

Pogi triunfal na via Sacco, em Varese, para vencer a Tre Valli pela segunda vez.
Foto: Tre Valli Varesine

Foi a terceira vez que um campeão do mundo em título ganhou em Varese, depois de Eddy Merckx (1968) e Francesco Moser (1978).

Mais abaixo analisaremos o percurso do último Monumento da época, mas antes resumimos os resultados das principais corridas de preparação.

Desde logo o Tríptico Lombardo, que além da Tre Valli é composto por Coppa Agostoni e Coppa Bernocchi.

O dinamarquês Philipsen e o francês Alaphilippe acompanharam o campeão mundial no pódio.
Foto: Tre Valli Varesine

Coppa Agostoni | 5 de outubro

  1. Adam Yates (UAE Emirates)
  2. Carlos Canal (Movistar)
  3. Simone Velasco (XDS Astana)
  4. Paul Lapeira (Decathlon Ag2r)
  5. Lorenzo Milesi (Movistar)

Coppa Bernocchi | 6 de outubro

  1. Dorian Godon (Decathlon Ag2r)
  2. Tobias Lund (Picnic PostNL)
  3. Giovanni Lonardi (Polti VisitMalta)
  4. Andrea Raccagni (Soudal Quick-Step)
  5. Michael Matthews (Jayco Alula)

Tre Valli Varesine | 7 de outubro

  1. Tadej Pogacar (UAE Emirates)
  2. Albert Philipsen (Lidl-Trek)
  3. Julian Alaphilippe (Tudor)
  4. Paul Lapeira (Decathlon Ag2r)
  5. Sérgio Higuita (XDS Astana)
O pódio do Giro de Emilia deste ano.
Foto: Bahrain Victorious

Del Toro é a alternativa a Pogacar

Além do Tríptico Lombardo, também se correu o Giro de Emilia (4 de outubro), no qual a subida ao santuário de San Luca (2 km a 10,5 %) é decisiva.

Na última volta Isaac Del Toro despachou Tom Pidcock e carimbou a quinta semiclássica italiana em mês e meio.

O mexicano repetiu a exibição na Gran Piemonte, prova com 179 km e 2700 m de acumulado que se realizou no dia 9. Desta vez descarregou a concorrência na subida de 6 km do circuito final batendo Marc Hirschi e Bauke Mollema.

Del Toro é a alternativa a Pogacar na Lombardia.

El Torito chega à Lombardia com 15 triunfos este ano.
Foto: LaPresse

Afonso Eulálio está convocado

Olhando para a lista provisória já podemos confirmar que só haverá um português no último Monumento da temporada.

Afonso Eulálio está convocado pela Bahrain Victorious e apresenta-se como a melhor hipótese nacional de discutir o top 10, sobretudo após atacar a 33 km do final da Tre Valli Varesine. O figueirense esteve na frente com Pogacar, mas pestanejou e com o campeão do mundo esses luxos não são permitidos.

O corredor da Bahrain Victorious também chega com moral após fechar 9º no duro Mundial de Kigali, concluído por 17 dos 165 atletas que alinharam à partida.

O mais bem sucedido na clássica das folhas mortas é Rui Costa, que em 2014 subiu ao pódio acompanhando pelo vencedor Dan Martin e pelo vencido Alejandro Valverde. No entanto, a EF Education-Easypost deixou de fora um atleta que conta com 13 presenças e que na campanha de semiclássicas italianas foi 2º no Troféu Matteotti (contra Del Toro).

Na UAE Emirates não estará nenhum dos quatro portugueses.

Em 2025, a Volta à Lombardia ligará Como a Bergamo.

Seis icónicas subidas

Seguindo a tradição de inverter o sentido do percurso do ano anterior, em 2025 a Volta à Lombardia começa em Como e termina em Bergamo.

É o mesmo de 2023 e semelhante a 2021: 4400 m de desnível positivo acumulado distribuído ao longo de seis icónicas subidas.

A mais famosa é a primeira – Madonna del Ghisallo, a 199 km do final – e as mais duras Roncola (9,4 km a 6,6 %) – passada a 137 km – e Passo di Ganda (9,2 km a 7,3%), cujo topo está a 31 km da meta.

Foto: LaPresse

Após Ganda, o pelotão passa em Selvino para uma descida que conta 19 curvas. Seguem-se os únicos 9 km relativamente planos da aproximação à meta, até terem que subir à Alta de Bergamo a caminho da meta.

Na aproximação a Bergamo dão a volta à cidade para entrarem via Colle Aperto – o último obstáculo tem 1,6 km a 7,9 %. Parte da subida é em pavé e deixará os corredores a 3,3 km da meta situada na Viale Papa João 23.

Poderá Tadej Pogacar igualar as cinco vitórias – 1946, 1947, 1948, 1949 e 1954 – de Fausto Coppi na Lombardia? Acreditamos que sábado vai fazer-se história.

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