Etapa para Magnus Sheffield e título para Matteo Jorgenson no dia dos EUA no Paris-Nice. João Almeida (6.º) faz melhor resultado na prova.
A riviera francesa pintou-se de azul, vermelho e branco no fecho do Paris-Nice, com os estadunidenses Magnus Sheffield e Matteo Jorgenson como mestres de cerimónias.
Foi uma espécie de quatro de julho antecipado. A banda tocou o “The Star-Spangled Banner” – hino dos EUA – e dois miúdos nascidos do outro lado do Atlântico foram os reis em Nice.
Magnus Sheffield, de Rochester (Nova Iorque), chegou a Nice primeiro para se estrear a ganhar no WorldTour aos 22 anos. Como nos grandes concertos, abriu o palco para o cabeça de cartaz: Matteo Jorgenson, de Boise (Idaho), o primeiro nativo estadunidense a vencer edições consecutivas do Paris-Nice.
Como Anquetil, Merckx ou Kelly, lendas do ciclismo, Jorgenson mostrou classe para sobreviver ao granizo, ao frio e até à falta de equipa. Na etapa final lutou sozinho, isolado dos outros Visma, e fechou na 2.ª posição vendo ao longe a festa de Sheffield, que tal como ele se formou na equipa júnior Hot Tubes.
Ao lado de Jorgenson no pódio ficaram o alemão Florian Lipowitz (Red Bull-Bora) e o neerlandês Thymen Arensman (Ineos Grenadiers).

Foto: A.S.O. Billy Ceusters
O melhor João Almeida de sempre
Após ter sido 2.º na Comunidade Valenciana e 2.º na Volta ao Algarve, sair do Paris-Nice com um 6.º posto final sabe a pouco, mas o melhor João Almeida de sempre nesta prova caiu de pé.
Afetado pelo frio dos últimos dias, apareceu fragilizado e sofreu nas duras montanhas dos Alpes Marítimos. Só que o português é dos duros e foi ao limite das forças para segurar um lugar nos 10 melhores.
Em 2022 foi 8.º e venceu a Juventude e em 2024 foi 11.º. Este ano vimos o corredor da UAE Emirates tornar-se o primeiro português a vencer no Paris-Nice e fazer a melhor geral em três presenças.
João Almeida voltará a correr na Volta ao País Basco, em abril, como explicou em entrevista ao TopCycling.