Nove temporadas após entrar na estrutura da Lampre-Merida, Rui Costa sai da UAE-Emirates. O projeto dos Emirados e o campeão mundial de Florença separam os caminhos que se uniram em 2013 quando Rui Costa assinou pela atual estrutura que na altura era da Lampre-Merida.
A transição do campeão mundial de Florença será suave já que se vai manter num projeto de topo internacional.
Quatro cenários para o futuro de Rui Costa
O destino será confirmado quando o mercado de transferências abrir em agosto, mas o TopCycling analisa quatro cenários para o futuro de Rui Costa, um corredor que conta com 14 épocas de experiência no WorldTour, uma mais-valia num pelotão onde as grandes figuras têm um perfil jovem.

Aos 35 anos – fará 36 em outubro – Rui Costa disputou 14 grandes Voltas e nesse sentido está bem cotado em França, onde tem vitórias no Tour de France, no Critérium du Dauphiné e pódio no Paris-Nice. Onde poderia encaixar o poveiro?

Gonçalo Moreira analisa os cenários mais lógicos.
Cofidis: equipa história, mas que há mais de uma década não vence uma etapa no Tour de France. Um grande patrocinador, com mercado estratégico em França, Espanha e Portugal. Há não muito tempo já tentou recrutar Rui Costa e poderia juntar o poveiro ao famalicense André Carvalho que tem mais um ano de contrato com a formação de Cedric Vasseur.
B&B Hotels – KTM: o projeto de Jerôme Pineau está num momento-chave da sua existência; a equipa da Bretanha não acaba de arrancar em termos de resultados desportivos, mas em 2023 vai crescer com a chegada de um patrocinador forte. Para alavancar esse crescimento precisa de corredores como Rui Costa, carismáticos e com qualidades de capitão.
Movistar Team: seria o fechar com chave de ouro de um ciclo que se abriu em 2009 quando a equipa de Eusebio Unzué recrutou um jovem promissor ao SL Benfica e logo na época de estreia Rui Costa devolveu a confiança vencendo os Quatro Dias de Dunquerque.

Ao todo foram 18 triunfos pela Movistar, incluindo três etapas no Tour de France, duas Voltas à Suíça e a despedida com o título mundial. Voltaria a encontrar Nélson Oliveira, ao lado de quem correu duas épocas na Lampre-Merida.
EF Education-EasyPost: é uma equipa de portas abertas aos portugueses. Há anos que é a casa do mecânico Jorge Queirós e já contou com André Cardoso e conta com Rúben Guerreiro, que tem mais um ano de contrato. No entanto, o corredor de Pegões Velhos quer liderar e contou ao TopCycling que contempla sair se a equipa não acreditar no seu potencial como líder (ver artigo aqui).
Caso a EF reajuste a hierarquia e dê a Rúben Guerreiro a confiança que este pede, Rui Costa poderia assumir o papel de braço direito e fazer pelo ribatejano o mesmo que fez por João Almeida no passado Giro: transmitir calma, conhecimento e ser o braço direito de um “cowboy” líder.
Por: Gonçalo Moreira
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