O ciclocrosse atinge o clímax no Natal e no Ano Novo, corridas icónicas e um Van der Poel que traz outra dimensão à modalidade.
Mathieu van der Poel regressou ao ciclocrosse no melhor período do ano, o Kersteperiode, que concentra 11 corridas em duas semanas intensas entre o Natal e o Ano Novo.
Em Portugal temos podido desfrutar deste espetáculo graças à intensa programação do Eurosport. É um privilégio poder comentar corridas, mas sobretudo perceber que a parte desportiva dos crosses é o pretexto para passar um dia em família ou com amigos na brincadeira.
Belgas e neerlandeses vivem o ciclocrosse como ninguém, mas graças à Taça do Mundo temos podido absorver parte dessa cultura itinerante em Dublin, Benidorm, etc.. E ter estes craques em Portugal no inverno? Uma utopia já uma prova da Taça do Mundo tem custos – mínimos – de 300 mil euros.

Foto: Flanders Classics
Namur faz parte da história
Uma das corridas icónicas de dezembro aconteceu em Namur, ainda antes do frenesim do Kersteperiode.
Junto à cidadela da lindíssima cidade da Valónia, onde Rui Oliveira (UAE Emirates) foi este ano top 10 na chegada do GP da Valónia, disputou-se a quarta ronda da Taça do Mundo.
Namur faz parte da história do ciclocrosse pela dureza do percurso e por normalmente oferecer condições metereológicas adversas.
Saíram vencedores da terceira ronda Michael Vanthourenhout e Ceylin del Carmen Alvarado.
Ler mais | Taça do Mundo de Ciclocrosse | 4.ª Ronda – Namur

Hulst recebe o Mundial em 2026
A primeira prova do período natalício foi em Hulst, nos Países Baixos.
O nono Vestingcross aconteceu, como sempre, na fortaleza que dá nome ao crosse e que tem forma de cruz. Hulst recebe o Mundial em 2026 e está previsto um orçamento de 6,8 milhões euros, o triplo do último Mundial em Hoogerheide.
Saíram vencedores da quarta ronda Niels Vandeputte e Marie Schreiber, dois estreantes que nunca tinham vencido em elites na Taça do Mundo.
Desde 2018 só tivemos seis vencedoras não neerlandesas em elites femininas, pelo que a luxemburguesa da SD Works junta-se a uma seleta lista de mulheres.
Ler mais | Taça do Mundo de Ciclocrosse | 5.ª Ronda – Hulst

Van der Poel rebentou os rivais em Zonhoven
Em Zonhoven deveria ter ocorrido o primeiro duelo da época entre Mathieu van der Poel e Wout Van Aert, só que o belga ficou doente e falhou o encontro.
Van der Poel rebentou os rivais em Zonhoven, que durou menos de dois minutos na roda do campeão mundial. A prova feminina foi mais equilibrada, mas Ceylin del Carmen Alvarado saiu por cima.
Este evento fez 15 anos parte do Superprestige até mudar para a Taça do Mundo em 2021/2022. O elemento mais característico é a enorme vala onde se monta a pista e que nos permite ver os atletas subir e descar dunas super inclinadas.
A atração de Zonhoven é De Kuil, duna que permite vertiginosas descidas numa área que em tempos foi uma exploração de areia, servindo de matéria-prima às indústrias do vidro e da cerâmica.
Ler mais | Taça do Mundo de Ciclocrosse | 6.ª Ronda – Zonhoven

Gavere foi a corrida mais dura da época
Tirando o Koppenbergcross, que faz parte do Troféu X2O, Gavere foi a corrida mais dura da época.
Frio, terra que parecia areia movediça, subidas exigentes e descidas técnicas. Nestas circunstâncias difíceis sobressaiu o maillot do arco-íris, já que tanto Mathieu van der Poel como Fem van Empel souberam impor-se.
Até 5 de janeiro a festa do período mais incrível da época de ciclocrosse tem muito para oferecer. O Eurosport transmitirá, em direto, vários duelos Van der Poel vs. Van Aert e mais eventos espetaculares:
- Taça do Mundo de Besançon (29 de dezembro)
- Superprestige noturno de Diegem (30 de dezembro)
- Troféu X20 GP Sven Nys (1 de janeiro)
- Troféu X20 Koksijde (3 de janeiro)
- Taça do Mundo de Dendermonde (5 de janeiro)
Ler mais | Taça do Mundo de Ciclocrosse | 7.ª Ronda – Gavere
