Tour de France Femmes 2025 – Alta montanha vai decidir
Ausência de contrarrelógio e quatro etapas com subidas longas marcam a próxima edição do Tour de France Femmes 2025, que deverá ser decidido na montanha
O percurso do Tour de France Femmes 2025 foi apresentado dia 29 de outubro em Paris. A prova de nove etapas vai sair de Vannes dia 26 de julho, e termina em Chatêl a 3 de agosto.
Há, desde já, duas garantias: com 1165 km de extensão, e 17240 metros de ganho vertical, vai ser a edição mais longa e com maior ganho vertical do Tour de France Femmes.
A corrida vai ver um aumentar da dureza ao longo da prova. O início conta com etapas a ser disputadas por sprinters e puncheurs, com a alta montanha a ficar reservada para as últimas etapas.
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Início para as sprinters
O Tour de France Femmes 2025 inicia com uma etapa “feita” para as puncheurs: três passagens no Cote de Cadoudal (1,7km a 6,2%), incluindo o final da etapa, vão decidir a vencedora. Foi neste percurso que Anna van der Breggen venceu os Europeus em 2016, à frente de Kasia Niewiadoma e Elisa Longo Borghini.
As etapas dois, três e quatro deverão ser decididas ao sprint. A segunda etapa pede algum punch no final – Peter Sagan venceu nesse final em 2018 – com as restantes etapas a serem indicadas para sprinters puras.
Aumenta a dureza
A etapa cinco traz um aumento na dificuldade que vai durar até ao fim do Tour. Etapa de média montanha com subida a La Maupuy (2,8km a 5,4%) a 11km da meta.
Na sexta etapa começa a alta montanha. As ciclistas têm três subidas duras durante a etapa que prometem começar a marcas diferenças entre as favoritas: Col du Béal (10,2km a 5,6%), Col du Chansert (6,3km a 5,5%), Col du Valciviéres (4,5km a 5,3%) a 13km da meta.
Final em grande
As últimas três etapas são o culminar de uma corrida que vai sempre em crescendo no nível de dificuldade. A etapa sete é marcada pela subida a Col du Granier (8,9km a 5,4%) e descida de quase 18km até à meta.
No dia seguinte, a etapa rainha da edição de 2025. Etapa de alta montanha com o único final em alto da prova: subida a Col de la Madeleine (18,6km a 8,1%), fim aos 2000m de altitude, ponto mais alto do Tour em 2025.
A nona etapa é a derradeira oportunidade de fazer diferenças. Etapa acidentada, com três contagens de montanha: Col du Araches-la-Frasse (6,2km a 7,1%), Col du Joix-Plane (11,6km a 8,5%), Col du Corbier (5,9km a 8,5%), seguidos de 30 km de descida e falso plano.
Um final que permite às equipas que lutem pela geral uma última tentativa – como assistimos na edição de 2024, em que Demi Vollering quase roubou a vitória na geral a Kasia Niewiadoma.
A campeã já se pronunciou
Kasia Niewiadoma, campeã da edição de 2024, já reagiu à apresentação do percurso. Diz-se “entusiasmada”, e tem um objetivo claro: “Voltar a vencer a camisola amarela, e tornar-me numa mulher que ganhou o Tour duas vezes consecutivas”.
“Pensei que íamos ter etapas mais longas e mais duras todos os dias, mas em vez disso há uma mistura. Um pouco na brincadeira, estou triste de não haver um contrarrelógio por equipas, estava à espera disso. Mas o Col de Madeleine vai-nos fazer sofrer o suficiente, por isso as etapas iniciais podem balançar as coisas. Gosto do percurso, no geral (…) A classificação geral pode mudar a qualquer momento, mas as últimas três etapas vão decidir tudo para a Geral”
Kasia Niewiadoma
Créditos da foto de destaque: A.S.O. / Maxime Delobel