Top 5 das montanhas do Tour de France

Top 5 das montanhas do Tour de France

Galibier, Tourmalet ou Plateu de Beille estão no top 5 das montanhas do Tour de France este ano. Só os nomes provocam dores nas pernas!

Há muitas novidades no próximo Tour de France, mas basta nomear Galibier, Tourmalet ou Plateu de Beille para saber que a essência da prova foi preservada.

Pela primeira vez o Tour de France parte de Florença (Itália) e não termina em Paris (França). Apesar das novidades, há coisas que não mudam como a dureza o percurso.

O pelotão vai ultrapassar os Alpes – em duas ocasiões – e os Pirenéus. Montanhas do Tour de France implacáveis que vão colocar os ciclistas com as pernas a arder, sobretudo os sprinters que tentarão evitar chegar para lá do fecho do controlo.

O pelotão no Col du Galibier, ponto mais alto deste Tour.
Créditos: A.S.O. Charly_Lopez

Col du Galibier

O mítico Col du Galibier surge numa fase precoce do Tour de France à 4ª etapa. Quem não quiser dizer adeus à geral terá que entrar forte na prova.

Numa etapa de 140 km, entre Pinerolo e Valloire, o pelotão aquece com duas subidas de 2ª categoria até à primeira categoria extra da 111ª edição.

O Col du Galibier tem 23 km a 5% de inclinação. As rampas finais são as mais duras e levam aos 2642 m de altitude – o primeiro a passar ganha o Souvenir Henri Desgrange colocado no ponto mais alto da corrida.

Seguem-se 20 km de descida extremamente rápida até Valloire. O primeiro teste aos favoritos ao Tour de France acontece no Col du Galibier… e talvez alguns sonhos fiquem desfeitos logo ao quarto dia.

A caravana do Tour de France no Col du Tourmalet.
Créditos: A.S.O. Aurelien Vialatte

Col du Tourmalet

Uma das montanhas do Tour de France mais emblemática, o Col du Tourmalet surge à 14ª etapa e marca um ponto de viragem na corrida. É a transição para os dias decisivos em termos de vitória final.

O Tourmalet surge a meio de uma etapa de 150 km com duas contagens de categoria extra e uma de segunda.

É a primeira subida do dia e os seus 19 km a 7,5% vão servir para dar o mote a uma das etapas rainhas deste Tour.

O Col do Tourmalet já foi ultrapassado por 84 vezes na Volta à França, mas recebeu apenas três finais de etapa. Em 1974 venceu Jean-Pierre Danguillaume, em 2010 Andy Schleck e em 2019 Tibaut Pinot.

Joaquim Rodríguez foi o último vencedor, no Tour de France, em Plateau de Beille.
Créditos: ASO B. Bade

Plateu de Beille

A subida a Plateu de Beille acontece no dia da Bastilha. O feriado nacional celebra-se a 14 de julho e marca o regresso do Tour de France a Plateau de Beille.

Desde 2015 que a prova não tem uma chegada a esta estância dos Pirenéus. Joaquim Rodríguez, em 2015, é o mais recente vencedor em Plateu de Beille.

A etapa 15 inicia-se em Loudenvielle e termina em alto. São quase 200 km em que pelotão ultrapassa quatro contagens de 1ªcategoria e finaliza com a categoria especial de 15,7 km a 7,8%.

Supera os 4800 m de desnível positivo acumulado e será um dia importante nas contas da corrida.

“I’m gone, I’m dead”.
Pogacar quebrou no Col de la Loze e Vingegaard sentenciou o Tour de 2023.
Créditos: A.S.O. Pauline Ballet

Isola 2000

Tal como antecipa o nome, a estância de Isola 2000 está situada a 2024 m de altitude. Raras vezes foi protagonista no Tour de France, havendo apenas dois registos prévios de chegadas.

Em 1993 Tony Rominger venceu nesta montanha dos Alpes e mostrou querer furar a hegemonia de Miguel Indurain, que ia a caminho do terceiro de cinco Tour de France consecutivos.

O precedente original data de 1992, quando a grande Leontien Van Moorsel aí se impôs no Tour da CEE, versão feminina do Tour de France.

A etapa 19 liga Embrun a Isola 2000 e tem mais de 4400 metros de acumulado. O dia tem uma particularidade: Col de Vars e Cime de la Bonette também são de categoria extra e superam a barreira dos 2000 m.

O final é terrível: Isola 2000 tem 16 km a 7% de média. Todos os candidatos à geral estagiaram em altitude nas semanas prévias ao Tour France nesta região.

Mapa do Tour de France 2024

La Turbie

A última etapa do Tour de France costuma ser de consagração, mas este ano não haverá champanhe.

Desde 1989 que o título não se entregava após um contrarrelógio individual de 33,7 km! Basta recuar à remontada de Pogacar sobre Roglic em 2020 para saber que nada como um bom crono para decidir a geral.

A subida a La Turbie está presente e à partida é uma 2ª categoria sem nada muito destacável. Tem 8 km a 5% que feitos no final das três semanas vão parecer uma categoria extra.

No topo de La Turbie está o “Troféu de Augusto”, que simboliza a primeira etapa da Via Augusta, que tinha cerca de 1500 km ao longo do mar Mediterrâneo até Cádiz. Data do ano 6 A.C. e foi erguido em honra do Imperador Augusto.

Depois de La Turbie os ciclistas fazem os últimos 20 dos quase 3500 km desta edição. O vencedor desta edição Tour de France será coroado em Nice.

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