Qual a melhor combinação de cassete de estrada?

Qual a melhor combinação de cassete de estrada?

Quando chega a hora de trocar de transmissão de estrada Shimano (ou só cassete), muitos ficam com dúvidas acerca de qual a melhor combinação de cassete, 28/11? 30/11? 32/11?

Vítor Rodrigues da Silva, triatleta amador da Pedal’arte – Associação de Cicloturismo e Triatlo de Vila Nova de Cerveira, passou pelo dilema e deixa-nos a sua experiência.

Vítor Rodrigues da Silva

Muitas bicicletas, mesmo quando equipadas com Shimano Ultegra de origem têm cassete 105, era o caso da minha Merida Reacto 5000.

Quando chegou a hora de trocar transmissão, a velha cassete Shimano 105 28/11 chegou ao fim com missão cumprida, foram pouco mais de 12.000 kms. bem passados entre treinos, passeios e triatlos.

Mas e agora? Mantenho a mesma relação 28/11, troco por uma 30/11 ou 32/11? Mantenho 105 ou troco por Ultegra?

Se passares por este dilema, a primeira coisa a fazer é pensar na zona onde pedalas habitualmente e que tipo de utilização dás à bicicleta, no meu caso deixei de rolar tanto como antes, passei a fazer voltas com mais acumulado.

Quando encontras constantemente sítios com inclinações superiores a 10% nos teus percursos (que foi o eu caso), a relação que 28/11 exige o uso de mais força e menos cadência na pedalada, os pratos 36/52 também ajudam, e ao fim de algum tempo as pernas acabam “queimadas”.

Por algum motivo os profissionais levam várias opções de combinação para as provas por etapas.

Depois de falar com alguns amigos que mudaram para 30/11 e estão realmente satisfeitos, disseram-me mais vale que sobre, aliado ao facto de já ter usado uma cassete emprestada de 32/11 e olhando para a forma como as cassetes estão escaladas, decidi que a melhor combinação de cassete seria uma 30/11.

O porquê é simples e já referido já antes, passei a rolar menos e a subir mais, mas então porque não uma cassete 32?

A minha experiência com a cassete de 32 não me agradou muito, usei essa cassete 32/11 emprestada para realizar o triatlo longo de Caminha, no qual havia que subir a Serra de Arga duas vezes, eram 90km’s. com 1800 metros de desnível acumulado.

Num percurso como esse com rampas duras, a cassete 32 permite ir mais em cadencia poupando as pernas para depois afrontar os 21 km’s. de corrida menos fatigado, mas (sim há sempre um mas) quando as rampas suavizam um pouco, tiras o 32 e metes saltas logo para um 28, se o 32 é muito leve o 28 é pesado, no meu caso achei que lhe faltava o meio termo e isso não me agradou na cassete 32/11.

Se olharmos à combinação das cassetes Shimano, na 28 é (11-12-13-14-15-17-19-21-23-25-28T), na 30 é (11-12-13-14-15-17-19-21-24-27-30T) e na de 32 é (11-12-13-14-16-18-20-22-25-28-32T). No que respeita aos saltos entre mudanças, quem está habituado a uma cassete de 28/11 não vai notar tanto a alteração para uma 30/11, foi que pensei.

A diferença de ir na combinação em 25 ou 24 é imperceptível, e 27 ou 28 igual, mas o melhor é que ainda nos sobra dentes para quando nos faz falta o 30 e isso sim nota-se, no meu caso a melhor combinação de cassete é a 30/11.

Quando antes afrontava zonas de maior inclinação com 28 e não havia mais nada para meter, agora sobra uma mudança para aquela “parede” que antes te fazia sofrer em pé a puxar como um cavalo. Não é que não tenha que puxar, mas as pernas vão mais descansadas e isso agradece-se quando chegamos àquela parte plana, permite-nos rodar mais frescos.

Cassete 105 ou Ultegra?

E agora 105 ou Ultegra? A diferença de preço vale a pena quando a 105 pesa na combinação (11/30T) 304g. e a Ultegra (11-30T) 269g.?

No meu caso e porque tinha amealhado para tal, coloquei Ultegra para experimentar e explico que diferenças notei.

Mal a bicicleta saiu da oficina com cassete nova, roldanas novas, corrente e cabos das mudanças, fui logo experimentar, os homens somos como as crianças com os brinquedos novos, vamos é mudando de brinquedos à medida que crescemos.

Fiz uma pequena volta de 28 km’s. com 600 metros de desnível de acumulado e algumas rampas com mais de 10%, notei que a passagem das mudanças é suave e menos ruidosa, pode ser de tudo ser novo, mas não, a cassete 105 nas trocas era algo mais ruidosa, aquele pequeno barulho do atrito da corrente é menor nesta cassete, há mais suavidade, na minha opinião a diferença não é só o peso, estou satisfeito com a opção Ultegra, o que não invalida a qualidade e durabilidade da 105 que tive.

Para concluir, durante uma volta de 90 km’s. esta combinação 30/11 é realmente fantástica, tens o bom da 28/11 mas ainda te sobra uma mudança, essa mudança que sempre nos faz falta em algum momento quando estamos a subir.

Para aqueles que estão com dúvidas se 28, 30 ou 32 espero ter ajudado a decidir partilhando a experiência pela que passei, para mim a melhor combinação de cassete é a 30/11, mas cada um tem que avaliar o que faz como disse anteriormente.

Texto: Vítor Rodrigues da Silva

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