A BMC revelou este ano o lançamento de uma nova bicicleta de suspensão total para a gama de 2018.
A nova bicicleta de suspensão total da marca suíça, tem o nome de “Agonist”, apropriado para uma bicicleta que foi desenhada para causar dor e sofrimento em cima dela, isto no bom sentido claro.
“Na Grécia antiga “Agon” era uma crença de que qualquer coisa podrria ser alcançada atravéz do esforço, como uma rivalidade saudável e uma concorrência nobre. Um “Agonist” coloca uma força contra outra, concorrente contra rival e atleta contra natureza numa competição feroz, para alcançar um objectivo final.” – BMC
Esta nova máquina de XC, é leve e desenhada para correr ou seja, assim de repente parece ser a substituta da Fourstroke já existente, no entanto a BMC Agonist será uma bicicleta adicional e a Fourstroke continuará a existir.
A Agonist tem mais curso de suspensão do que Fourstroke (110mm em vez dos 100mm da sua “irmã” mais velha), e uma geometria mais relaxada, segundo a marca é uma bicicleta de Endurance XC, ou XC maratona.

Tanto no design e linhas do quadro, como na colocação do amortecedor, como na própria estratégia da marca em ter duas bicicletas similares, mas com cursos de suspensão diferentes, parecem vir ao encontro da estratégia da Scott com as suas “Spark” (120mm) e “Spark RC” (100 mm),
Não é novidade nenhuma, em todas as eras e evolução das bicicletas este fenómeno acontece, surgem tendências, as marcas adoptam-nas e evoluem-nas à sua maneira.
Nesta nova bicicleta é utilizado o mesmo link de suspensão APS empregue em toda a gama de suspensão total da marca, e embora a plataforma normalmente ofereça uma óptima eficiência na pedalada, de acordo com a BMC a Agonist óbtem um “setup de endurance”, que basicamente significa que é um pouco mais flexível e desportivo do que o sistema de suspensão aplicado na mais agressiva Fourstroke.
O objectivo foi construir uma bicicleta com um sistema igualmente eficiente na pedalada, mas também mais confortável para passeios de longa distância ou corridas de maratona.
O amortecedor traseiro é um Float DPS da FOX, equipado com o novo sistema “EVOL” que ajuda a sispensão a ficar mais suave nos primeiros 25% do curso.
O que podes não te aperceber à primeira vista é que a BMC integrou o bloqueio remoto do amortecedor, que está subtilmente escondido no tubo inferior do quadro, dando maior durabilidade ao sistema e melhor “look” ao conjunto.
A BMC dedicou algum tempo, mas todos os cabos correm internamente o quadro (o que não acontece na Fourstroke).
Os engenheiros dedicaram-se a criar soluções para a bicicleta ficar completamente “clean”, até o link “APS” inferior também possui passagem interna de cabos para o desviador traseiro e travões.
Além disso também está preparada para passagem de cabos para accionamento do espigão telescópico, que não está presente na versão das fotografias mas é opção, também à imagem do que vem acontecendo noutras marcas.
A questão no próximo ano é que, se estás interessado numa Fourstroke, e não na Agonist, provavelmente vais querer esperar um ano, pois é provável que a Fourstroke adopte no próximo ano algumas destas tecnologias, nomeadamente a de passagem interna de cabos, ou colocação do amortecedor traseiro.
É provável mas não garantido, isto é só conversa do Homem da Marreta, veremos. 😉
Mr. B.