Maria Martins estreia-se pela Canyon-SRAM e regressa à estrada 476 dias depois da última corrida. O TopCycling falou com a ribatejana.
Demorou um ano, três meses e 19 dias, mas Maria Martins regressa em pleno ao WorldTour e logo na equipa campeã do Tour de France, a Canyon-SRAM.
Esta sexta-feira, a ribatejana vai alinhar no Tour Down Under, prova que assinala o início da temporada feminina e na qual Tata nunca correu.
Na Austrália, Maria Martins vai ter como colegas a campeã olímpica da perseguição, Chloe Dygert, a sprinter Maike van der Duin – que foi colega de Tata na Le Col Wahoo. Também as australianas Tiffany Cromwell e Neve Bradbury, que foi 2.ª na passada edição atrás de Sarah Gigante.
O Tour Down Under feminino tem três etapas e será mais duro e longo do que no ano passado. As etapas oscilam entre 100-115 km.
Finalmente Portugal volta a ter uma representante no WorldTour feminino graças a Maria Martins, que está a cumprir um “sonho de miúda”. Por curiosidade diga-se que a Canyon-Sram aparece na Austrália após estagiar no Algarve, em dezembro.
Ler mais | Maria Martins abre o jogo antes de Paris 2024

“Época é longa e queremos ganhar ritmo”
Dentro da Canyon-SRAM o foco dos portugueses está com a única representante nacional no WorldTour feminino.
Maria Martins está numa espécie de regresso às aulas, sendo que o ano passado foi sabático com foco nos Jogos Olímpicos de Paris.
Após sair da Fenix-Deceuninck no final de 2023, Tata volta a sentir-se o que na realidade nunca deixou de ser, uma corredora com nível para o WorldTour.
“Apesar do Tour Down Under ser este ano um bocadinho mais exigente o objetivo como equipa passa por sair daqui com bom ritmo de corrida, três semanas de bons treinos e bom ambiente fora da bike. O que mais ambicionamos é ter boas performances, mas sem grande pressão e sem ambicionar demasiados resultados para as primeiras corridas da época porque sabemos que a época é longa e queremos ganhar ritmo, meter quilómetros nas pernas. Principalmente para mim depois de estar tanto tempo fora da competição na estrada. Fico feliz por poder ter uma experiência na Austrália, é um país espetacular, além disso é verão aqui e é engraçado vivermos o verão durante o inverno.”
Maria Martins ao TopCycling.
Quanto às sensações, a ribatejana admite que não são más, mas que há trabalho pela frente. A disciplinada Maria Martins sabe que o que lhe faltou em 2024 chegará naturalmente à medida que for somando corridas. É esperar pela evolução físca e ver a que nível pode chegar a portuguesa.
- Etapa 1 | 101,9 km | 17 janeiro | Brighton – Aldinga
- Etapa 2 | 115 km | 18 janeiro | Unley – Willunga Hill
- Etapa 3 | 105,9 km | 19 janeiro | Stirling – Stirling