A nova vida de Peter Sagan na Total Energies

A nova vida de Peter Sagan na Total Energies

Como se sabe, Peter Sagan protagonizou uma das transferência mais mediáticas de 2021, ao trocar a Bora Hansgrohe, uma equipa escalão World Tour (ou World Team), pela Total Energies, uma equipa do escalão Profissional Continental (ou Pro Team), o segundo escalão do ciclismo mundial.

Peter Sagan continua no entrando a ser um dos ciclistas melhor pagos do mundo, porque no caso do tri-campeão do mundo o seu salário não depende só da estrutura da equipa, são as marcas que representa que cobrem grande parte dos encargos financeiros, como é o caso da Specialized ou da marca de roupa Sportfull (marcas que o acompanham esteja ele em que equipa estiver).

Aos 32 anos os resultados do tri-campeão do mundo já não são os mesmos de outros tempos, ainda assim em 2021 conseguiu vencer a classificação dos pontos no Giro de Itália, vencer uma etapa na Volta à Catalunha e outra na Volta à Romandia.

O ciclista eslovaco, além de outras coisas partilha neste vídeo a sua ambição para 2022, e assume desde já uma postura idêntica a outros anos, ou seja, as clássicas, o Tour de France e Campeonatos do Mundo.

Mas Peter Sagan já não depende só dos resultados, o alcance da sua imagem a nível mundial dá o retorno que as marcas e patrocinadores procuram, a prova disso é o contrato que a Sportfull fez com Peter Sagan, que provavelmente vai além da sua carreira desportiva. (Podes ver nosso artigo aqui)

Eu pessoalmente gosto de ciclismo pelo desporto em si, gosto de ver e de praticar enquanto amador, mas também adoro este desporto porque gosto de comunicação e marketing, e no ciclismo a comunicação e o marketing assumem uma importância ainda mais relevante que em outros desportos.

Os patrocinadores procuram retorno do seu investimento, e além do retorno televisivo (com as suas marcas a aparecerem durante várias horas no ecrã) alguns deles sabem rentabilizar a imagem dos ciclistas de uma forma genial.

Como exemplo deixo-vos esta campanha sublime da marca de roupa Sportfull, no qual Peter Sagan deixa uma mensagem importante: Ainda não estou acabado”.

Escalão inferior, com plantel de luxo

A equipa da Total Energies tem muitos veteranos é verdade, mas atenção a eles, pois é uma equipa dotada de grande experiência para as clássicas e no posicionamento dos finais de etapa.

Da Bora-Hansgrohe vieram Daniel Oss, fiel escudeiro de Peter Sagan, um dos gregários de luxo do pelotão, assim como Maciej Bodnar, e o irmão de Sagan.

Relembrar que na equipa já estavam Niki Terpstra (vencedor de um Paris-Roubaix), Edvald Boasson Hagen (vencedor de uma Gent – Wevelgem, e 3 etapas no Tour de France, enre outras vitórias), Julien Simon, Niccolò Bonifazio, ou Alexis Vuillermoz, que embora a sua idade seja acima dos 30 anos podem ganhar “nova vida” ao trabalhar para Peter Sagan.

Em 2022 veremos se este pessoal vai viver dos rendimentos, ou dos resultados, mas nas equipas adversárias será melhor tê-los debaixo de olho.

Por: Luís Beltrão

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