“The final Breakaway” (a última fuga) foi o nome que Thomas de Gendt e Tim Wellens deram à sua aventura de “bikepacking” (nome moderno do cicloturismo).

É o segundo ano em que os ciclistas belgas da Lotto Soudal fazem esta aventura, e nós pelo segundo ano escrevemos sobre ela (podes ver neste nosso artigo a “the final breakaway” de 2018).
Ao contrário do ano passado, em que Wellens e de Gendt optaram por percorrer vários países (Itália, Suíça, Luxemburgo, Bélgica), este ano optaram por fazer toda a aventura em Espanha, na zona da serra de “Javalambre” e de “Gúdar”, onde existe uma rota de bikepacking conhecida como “Montañas Vacias”.

A rota “Montañas Vacias” tem 680 km’s. com 13.000 mts. de desnível acumulado e define-se por passar numa das zonas mais inóspitas e menos povoadas da Europa, fica a dica para quem quiser experimentar, este é o site das Montanhas vazias: https://montanasvacias.com/

O facto de ficarem só por Espanha não diminuiu a dificuldade nem quilometragem, pois à semelhança do ano passado os ciclistas pretendiam fazer cerca de 1000 km’s em 6 dias, carregando a sua própria bagagem.

Está explicado, de certa forma, porquê Thomas de Gendt e Tim Wellens descarregam toda a gente nas fugas das grandes voltas.
Eles dividiram os dias da sua aventura como se de uma corrida se tratasse, onde o dia 1 se chamou prólogo e os restantes foram etapas.
Thomas de Gendt, comunicador exímio nas redes sociais, foi relatando os vários dias desta viagem.
Tiveram que adiar 2 dias a aventura pelas más condições atmosféricas (sim, numa volta a Itália ou França é obrigatório começar no dia certo, mas quando somos nós que mandamos mais vale esperar).
No primeiro dia, o prólogo à maneira de Wellens e de Gendt teve 93 km’s. com início e fim na cidade espanhola de Teruel.

Na Etapa 1 da Final Breakaway a dupla da Lotto Soudal fez 120 km’s com 2.200 mts. de desnível acumulado (D+), uma “voltinha” gravel de 6 horas e 15 minutos (os 15 minutos foram a caminhar, porque a neve que apanharam estava demasiado alta).

No final do dia só apetecia lareira e massa. Olhem a cara do Tim Wellens, vê-se que não evitou nada do que tinha direito à refeição.

Na Etapa 2, “para descansar”, foram 96 km’s. com 1.785 mts. D+ no qual segundo descrição de Thomas de Gendt apanharam bastante pedra nos estradões.

Deixamos-te um vídeo resumo destes 3 dias, onde poderás ver a neve que apanharam, depois uma subida do segundo dia, e por ultimo uma parte em que Tim Wellens estava seriamente convencido de que tinha descoberto um atalho, que aparentemente não existia.
Devido ao atraso na partida, optaram por fazer 4 dias em vez dos 6 inicialmente planeados, na quarta e última etapa fizeram 133 km’s. com 2740 mts. D+ finalizando assim com 536 km’s e cerca de 10.000 mts. D+.
Recorde-se que no caso de Thomas de Gendt, fez este ano as 3 grandes voltas, Giro, Tour e Vuelta. Colocar ainda mais esta aventura no tempo de férias é caso para dizer que é mesmo paixão pelo ciclismo.
Deixamos-te este vídeo inspirador feito por Thomas de Gendt no último dia.
A bicicleta utilizada pela dupla da Lotto-Soudal foi uma Ridley Kanzo Adventure, a qual podes ver neste nosso vídeo.
Aqui a fotografia da Kanzo Adventure de Thomas de Gendt preparada para a aventura, com bagageiras Apidura.

Podes ainda encontrar neste nosso artigo, mais informação sobre as Gravel Bikes. Se fazem sentido ou não, vai depender de cada um.
Como dizemos no nesse artigo, se tens a plena noção de que não és um “AS” da técnica e não arriscas por trilhos demasiado agressivos, optas mais pelo estradão de terra batida, preferes as voltas descontraídas com amigos em vez de treinar para fazer pódio nas corridas com classificações, ou queres afastar-te do perigo de pedalar no asfalto, então começa a ponderar a ideia de ter uma Gravel.
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Por: Luís Beltrão