Thomas Pidcock (INEOS) foi o grande destaque do Strade Bianche, ao alcançar uma vitória categórica, num dia em que Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) fez história para o ciclismo nacional ao terminar no 4.º lugar da geral.
Aos 23 anos, Thomas Pidcock tornou-se no primeiro ciclista britânico a vencer o Strade Bianche, após uma enorme exibição, marcada por um ataque solitário a cerca de 50 quilómetros da meta que deixou a concorrência sem resposta.
O ciclista da INEOS completou os 184 quilómetros desta clássica italiana, com o registo de 04:31.41 horas, superiorizando-se em 20 segundos a Valentin Madouas (Groupama-FDJ), e em 22 a Tiesj Benoot (Jumbo-Visma), respetivos segundo e terceiro classificados.
Pidcock já tinha confirmado a aposta nas clássicas
Pidcock já tinha deixado bem claro que em 2023 iria apostar numa calendarização diferente das temporadas anteriores, dando prioridade às clássicas em detrimento do ciclocrosse.
Foi isso mesmo que aconteceu, ao abdicar da defesa do título mundial de ciclocrosse no passado mês de fevereiro, galardão conquistado por Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), após acesa disputa Wout Van Aert (Jumbo-Visma).
A grande vitória de hoje vem demonstrar que o britânico fez a escolha certa, de acordo com os objetivos definidos. Apesar do enorme talento que já comprovou no ciclocrosse, Pidcock parece determinado em apostar cada vez mais na estrada, onde demonstra estar cada vez mais à vontade.
“Vai demorar algum tempo para perceber o que foi esta vitória, é incrível! Quando deixei o grupo, embora não fosse esse o plano, percebi que abri um espaço e fui.
Honestamente, esta semana tive um bom pressentimento de que hoje podia ser o meu dia”.
Thomas Pidcock (INEOS)
Rui Costa foi 4.º classificado, depois de ter integrado o grupo de perseguição
Rui Costa foi terminou hoje num honroso 4.º lugar da geral, fazendo assim história para o ciclismo nacional, ao tornar-se no melhor português de sempre na Strade Bianche.
O ciclista português da Intermarché-Circus-Wanty somou mais uma grande prestação, às várias já realizadas neste início de temporada, terminando a 23 segundos de Pidcock, isto depois de ter integrado o grupo perseguidor.
Começam mesmo a faltar palavras para descrever este fantástico início de 2023 que Rui Costa está a realizar aos 36 anos de idade.
Com o resultado de hoje, o ciclista português alcançou o seu 13.º top 10 da temporada.
Observando o momento de forma que atravessa, é caso para dizer, que o 2023 de Rui Costa promete, e muito.
Vídeo resumo
Top 10 final
POS | PAÍS | NOME – EQUIPA | TEMPO |
---|---|---|---|
01 | Tom Pidcock INEOS Grenadiers | 04:31:41 | |
02 | Valentin Madouas Groupama-FDJ | + 20 | |
03 | Tiesj Benoot Jumbo-Visma | + 22 | |
04 | Rui Costa Intermarché-Circus-Wanty | + 23 | |
05 | Attila Valter Jumbo-Visma | + 23 | |
06 | Matej Mohoric Bahrain Victorious | + 34 | |
07 | Pello Bilbao Bahrain Victorious | + 01:04 | |
08 | Romain Grégoire Groupama-FDJ | + 01:18 | |
09 | Davide Formolo UAE Team Emirates | + 01:23 | |
10 | Andreas Kron Lotto Dstny | + 01:35 |
Nota ainda para Nelson Oliveira (Movistar), que terminou a prova na 35.ª posição, a 2.10 minutos de Pidcock.
Já André Carvalho (Cofidis) foi 112.º, a 18.25 minutos do líder.
O Strade Bianche volta em 2024, depois de mais uma edição que prendeu a atenção de milhões de amantes do ciclismo um pouco por todo o mundo, para a prova que é considerado por muitos como o sexto Monumento da temporada.
Mas monumentos, oficialmente, só há cinco, ou será que há lugar para mais um? Fica a questão!
Por: Nelson Ferreira
Subscreve a newsletter semanal para receberes todas as notícias e conteúdo original do TopCycling.pt. Segue-nos nas várias redes sociais Youtube , Instagram , Twitter , e Facebook.