Joe Pidcock foi o último a cruzar a meta, mas terminou a sua primeira Paris-Roubaix

A Paris-Roubaix correu-se no passado domingo, dia 13 de abril. O último ciclista a cruzar a meta, Joe Pidcock, tem nome de craque.
A Paris-Roubaix é uma corrida brutal, Joe Pidcock que o diga. Leva os ciclistas ao limite – não tem a alcunha de “Inferno do Norte” por acaso, e o irmão de Tom Pidcock sentiu toda a dureza da corrida nas pernas.

Lanterna vermelha em Roubaix
A edição de 2025 da Paris-Roubaix, ganha por Mathieu Van der Poel, foi a segunda mais rápida da história, apenas atrás da edição de 2024. Para contextualizar, o tempo que Philippe Gilbert registou para vencer a corrida em 2019, resultaria em chegada fora do tempo limite este ano.
As dificuldades são sentidas por todos os ciclistas do pelotão, mas quem vem atrás sofre mais. Que o diga a Movistar, equipa onde nenhum dos homens que partiu de Paris conseguiu cortar a meta em Roubaix.
O último classificado dentro do tempo limite em 2025 foi Oier Lazkano (Red Bull – BORA – hansgrohe), a 21:45 do vencedor. Depois do espanhol, completaram ainda a corrida mais cinco corredores, todos fora do tempo limite.

Joseph Pidcock conseguiu acabar a Paris-Roubaix
Dos cinco que chegaram fora do tempo limite, Joseph Pidcock foi o último. O irmão de Tom Pidcock, que corre pela Q36.5 Pro Cycling, chegou a 53:40 de Mathieu Van der Poel – que venceu o oitavo monumento da carreira.
No final da corrida, o britânico disse o seguinte:
As pessoas querem acabar esta corrida mais que as outras. Não foi dificil mentalmente, eu comprometi-me porque ia fazer isto. Tantas pessoas não têm a oportunidade de correr algo como isto. Posso nunca mais o correr outra vez por isso tinha de acabar, não interessava o quanto demorava – mas cheguei a pensar que ia ficar escuro antes de chegar (…) Foi a melhor, a pior, a mais espetacular, a menos espetacular, mais difícil e mais longa corrida de toda a minha carreira.
Joseph Pidcock à Rouleur
Pidcock contou à Rouleur que, durante a corrida, quase esteve envolvido em três quedas seguidas. Depois do acidente que envolveu Wout Van Aert, percebeu que não queria “arriscar a vida” e embarcou numa viagem solitária pelas pedras de Roubaix.
Prova de emoções fortes
Esta também é a magia da Paris-Roubaix, a mística que a torna numa corrida tão especial. Muitas equipas partilharam conteúdos nas redes sociais acerca do terceiro monumento da época, com um testemunho a saltar à vista.
A Unibet Tietema Rockets partilhou um momento entre um elemento do staff da equipa com o ciclista Lukáš Kubiš, que espelha bem os altos e baixos que um atleta sente no caminho até Roubaix.
Fotografia de destaque: A.S.O./Pauline Ballet