Há ciclistas que gostaríamos de ver na estrada para sempre, mas por variadas razões todos os anos chega a hora de muitos terminarem a sua carreira desportiva.
Em 2019, são muitos os ciclistas que optam por terminar a sua carreira, destacamos aqui alguns.
Portugueses
Começando pelos ciclistas nacionais, destacamos dois ciclistas que infelizmente anunciaram o final das suas carreiras cedo de mais, são eles Nuno Bico (Burgos-BH) e António Barbio (LA-Alumínios).
Nuno Bico
No caso de Nuno Bico, este foi forçado a terminar a carreira aos 25 anos por lesão.
Problemas numa artéria ilíaca, que depois de uma cirurgia em 2017 para corrigir o problema, nunca ficou bem, até que se tornou complicado “lidar com a dor” durante a Volta a Espanha deste ano.
Infelizmente foi a sua primeira volta de 3 semanas, algo tão desejado por muitos ciclistas, que acabou por ser a última corrida da sua carreira.
Nuno Bico foi Campeão Nacional Sub-23 em 2015 e representou equipas como a Rádio Popular, a Movistar e Burgos-BH.
António Barbio
António Barbio, com a mesma idade de Nuno Bico, também ele anunciou o final da sua carreira desportiva por opção, anunciando assim a sua decisão nas redes sociais:
… Desde os meus 11 anos que pedalo pelas estradas portuguesas & não só, em prol de um amor incompreensível, o ciclismo. Incompreensível porque apesar de dar-mos tudo de nós nem sempre somos recompensados.
Está na hora de seguir em frente mas por outro caminho.
Não poderei deixar de agradecer a todos aqueles que me deram um abraço, uma palavra de alento & até mesmo aqueles que tanto me fizeram chorar para o meu próprio bem.Termino assim a minha curta passagem pela modalidade.
António Barbio
No World Tour
No World Tour, também há ciclistas que não voltaremos a ver em 2020, nestes casos, ciclistas com uma carreira longa e recheada de sucesso que terminam a carreira por opção.
Marcel Kittel
O primeiro fim de carreira soube-se bem antes do final da época desportiva, quando em Maio deste ano Marcel Kittel rescindiu contrato com a Katusha, anunciando pouco depois que colocava fim à sua carreira desportiva.
Stijn Devolder
Stijn Devolder, para quem não se lembra dele, foi o vencedor do Tour de Flanders em 2008 e 2009, na altura a correr na Quick-Step.
Além do Tour de Flanders, venceu a Volta ao Algarve, Volta à Bélgica, Volta à Áustria, entre outros títulos a nível nacional.
Aos 40 anos, Devolder corria na equipa Corendon-Circus de Mathieu van der Poel, e coloca fim à sua carreira desportiva.
Laurens Ten Dam
Profissional durante 16 temporadas, Ten Dam, actualmente com 38 anos, passou a maior parte de sua carreira na Holanda, passando sete anos na Rabobank e três na Sunweb.
Os melhores resultados da sua carreira foram um TOP 10 na geral da Vuelta a Espanha em 2012 e no Tour de France em 2014, mas era um ciclista mais conhecido por ser um “domestic” de luxo, tendo ajudado Dumoulin a vencer o Giro em 2017.
Laurens Ten Dam já anunciou que se irá manter activo no ciclismo, fazendo corridas como o Dirty Kanza nos EUA (corrida de Gravel) ou o Cape Epic na África do Sul (corrida de bicicleta de montanha).
Taylor Phiney
Fez a sua carreira maioritariamente na BMC, mas correu estes últimos anos na EF Education First.
Apesar dos seus 29 anos serem uma idade prematura para um ciclista colocar fim à carreira, com apenas 26 dias de competição numa temporada de 2019 marcada por lesões, o ciclista norte americano decidiu colocar fim à sua carreira.
Em 2014 sofreu uma queda grave nos campeonatos nacionais, que lhe deixou ferimentos brutais nas pernas, desde então a sua carreira e rendimento mudaram.
Antes disso, Phinney venceu uma etapa no Giro, o Tour do Dubai, foi 4.º nos jogos olimpicos em 2012, a sua especialidade era o contra-relógio e as clássicas.
Simon Špilak
O esloveno de 33 anos termina uma carreira profissional de 12 anos, onde passou pela Lampre e Katusha com 12 vitórias, incluindo 2 vitórias na Volta à Suíça e uma no Tour de Romandie.
Especialista em corridas de curta duração, Špilak não participava numa grande volta desde o Tour de França de 2014.
Rubén Plaza
O ciclista espanhol de 39 anos começou em 2001 na iBanesto, passou pela Kelme e mudou-se para Portugal, onde passou dois anos ao serviço do Benfica e depois da Liberty Seguros.
Depois regressou a Espanha onde esteve quatro anos na Movistar, renasceu na Lampre onde venceu uma etapa no Tour e na Vuelta em 2015, tendo depois ainda representado a Orica-GreenEdge e a Israel Cycling Academy.
Maxime Monfort
O belga de 36 anos decidiu retirar-se após 16 anos de carreira, na qual passou por equipas como a Cofidis, HTC-Columbia, Radioshack e nos últimos anos Lotto-Soudal.
Monfort tem cinco vitórias na sua carreira, entre as quais um Tour de Luxemburgo em 2004, tendo ainda como resultado de destaque o 6.º lugar na classificação geral da Vuelta a Espanha em 2011 (que passou a 5.º pela desqualificação recente de Juan José Cobo).
De realce ainda que completou 20 grandes voltas ao longo da sua carreira, tendo a última sido o Tour de França deste ano.
O ciclista retira-se da bicicleta e passa para o carro, pois será o director desportivo da Lotto-Soudal em 2020.
Steve Cummings
Parece que Steve Cummings pendura sapatos aos 38 anos, pois a NTT (antiga dimension data) não o colocou na lista de ciclistas para 2020.
O britânico tornou-se profissional na estrada em 2005 na Landbouwkrediet-Colnago, saindo da pista onde ganhou uma medalha de prata.
Ingressou no WorldTour (então ProTour) na equipa do Discovery Channel em 2007, tendo depois representado a Sky, BMC e Dimension Data.
Em 2016 venceu o Tour of Britain, e tem ainda como resultados de destaque vitórias de etapa no Tour, Vuelta, Criterium du Dauphiné e Tirreno – Adriatico.
Estes são os nossos destaques, mas foram cerca de 50 os ciclistas que se retiraram este ano, qual deixará mais saudades?
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Por: Luís Beltrão