O uso de cetonas no ciclismo deixa de ter o aval da UCI

O uso de cetonas no ciclismo deixa de ter o aval da UCI

O uso de ketones (cetonas, em português) tem estado na ordem há já algum tempo, levando a União Ciclista Internacional (UCI) a posicionar-se em relação a esta temática.

Em comunicado, a organização que tutela o ciclismo mundial desaconselhou o uso de ketones, embora tenham explicado que, até ao momento, não há qualquer evidência científica que revele que o suplemento contribua para o aumento da performance desportiva.

“Os resultados de um estudo abrangente e de alta qualidade mostram que tomar ketones após competições ou sessões de treino de alta intensidade não afeta a qualidade da recuperação”,

explicou a UCI.

A UCI sublinha que “não existem evidências científicas convincentes de que esses produtos melhorem o desempenho ou a recuperação dos atletas.” Por essa razão, a entidade considera que “não há motivo para a sua utilização e, consequentemente, não recomenda a inclusão de suplementos de cetonas nos planos nutricionais dos ciclistas.

Foto: Fabio Ferrari/LaPresse

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O que é esta substância?

Como referido no comunicado da UCI, os ketones “são compostos químicos produzidos naturalmente pelo corpo humano e utilizados pelos músculos durante o exercício”, em situações em que “há escassez de glicose”. Para além disso, este suplemento também pode ser ingerido “por via oral, na forma de suplementos alimentares”.

O uso deste tipo de nutrientes viralizou em desportos de resistência, em particular no ciclismo de estrada, desde que, em 2016, foi conhecido o resultado de um estudo científico, que revelou que a sua “ingestão pode melhorar o desempenho” desportivo. Foi nessa altura que se desencadeou a chamada “revolução dos ketones” no ciclismo, com várias equipas do World Tour a adotarem o suplemento nos seus protocolos alimentares.

Contudo, diversas associações, como o Movimento por um Ciclismo Confiável (MPCC), alertaram para os riscos que a toma desta substância pode causar e pediram aos reguladores que a incluíssem na lista de suplementos proibidos, alegando que este pode causar uma vantagem competitiva ilícita.

“Os resultados não foram confirmados por estudos subsequentes e, atualmente, há um consenso de que tais suplementos não têm efeito no desempenho durante exercícios de resistência”,

concluiu a UCI.

Créditos da foto de destaque: Unipublic / Cxcling / Antonio Baixauli

Por: Tiago Alexandre

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