Specialized Tarmac Disc 2018 – ainda mais completa.

Specialized Tarmac Disc 2018 – ainda mais completa.

Aproveitamos o facto de a Specialized ter lançado a versão disco da nova Tarmac, para fazer uma análise a esta nova bicicleta da marca americana.

Se há bicicletas icónicas no mundo do ciclismo, a Tarmac é uma delas.

2009 – Stijn Devolder venceu Tour de Flanders

 

2014 – Nibali e Contador nas suas Tarmac

 

2016 – Tom Boonen
Peter Sagan – 3X campeão do mundo numa Tarmac

 

2017 – Philippe Gilbert venceu Tour de Flanders

As anteriores Tarmac sempre tiveram um palmarés recheado, tendo sido vencedoras absolutas de qualquer uma das grades voltas, bem como de vários de campeonatos do mundo.

Por estas razões, sempre que uma marca mexe numa bicicleta deste tipo, a responsabilidade é enorme, pois são bicicletas que não significam só grandes números de vendas, mas também bicicletas que serão utilizadas pelos melhores ciclistas do mundo para disputar ao segundo as maiores corridas do mundo.

Na história da Tarmac, as alterações introduzidas nesta ultima versão são talvez as maiores desde há muito tempo, visto que tanto em termos de geometria como estética, a bicicleta foi alterada.

Nas actualizações deste tipo de bicicletas, segundo as marcas, existem sempre melhorias de “X%” ao nível da rigidez, nós utilizadores comuns notamos isso? Sinceramente achamos que não, pelo menos de uma versão para a outra seguinte.

Mas a verdade é que ao longo dos tempos as formas e tecnologias de fabrico do carbono, vão fazendo com que se evolua nesse aspecto, e nesta nova Tarmac foi utilizado um método de construção novo onde a orientação das fibras deu origem ao novo carbono FACT 12r, que segundo a marca è o material mais avançado que já criaram.

Na versão Super Light conseguiram reduzir, nada mais, nada menos do que 200 gr’s no quadro, relativamente à versão anterior (pesa umas impressionantes 800 gr’s). É um número significativo, quando falamos só do quadro.

Quadro 2018

O novo desenho e geometria da Tarmac foram desenvolvidos para a bicicleta ficar, por lado mais rígida (como sempre), mas também melhor no capítulo da absorção de impactos, permitindo maior conforto.

Estas alterações foram feitas com dados recolhidos pelo sistema da “Retul” (sistema de bike fit com o qual a Specialized fez uma parceria) e pelas impressões de ciclistas profissionais. Com esta informação desenvolveram uma geometria desportiva, que aperfeiçoa a combinação entre uma frente reactiva (existem 3 tamanhos de forqueta diferentes, de acordo com o tamanho do quadro, o que alarga a personalização da geometria) e uma distância entre eixos curta.

De acordo com a marca (nós não tivemos oportunidade de testar a bicicleta), conseguiram torná-la ainda mais reactiva e com transmissão da potência melhorada.

Mesmo sem experimentar, é visível que o novo posicionamento das escoras e o novo espigão de selim, contribuem em grande parte para a melhoria no conforto da nova Tarmac, sem perder desempenho ao nível da resposta quando se pedala.

As escoras, ao terminarem no tubo vertical do quadro, por si só vão direccionar as vibrações de uma forma que afecta menos o ciclista. É uma tendência em muitas bicicletas de hoje em dia, e a Specialized viu vantagens neste sistema.

O espigão de selim, não tendo fixação nos primeiros 120mm., também proporciona maior conforto, e o desenho e “D” confere um aspecto e desempenho mais “aero”.

O facto de terem aumentado a distância entre as rodas e o quadro para 30 milímetros, permite receber uns pneus de 28 mm., no entanto vem de origem com uns “turbo cotton” de 26mm. Estas medidas de pneus também são uma tendência actual significativa no campo do conforto, principalmente em pisos bastante irregulares.

Versão disco lançada esta semana

A versão disco, vem completar a gama desta nova tarmac, melhorando a confiança de travagem seja em piso molhado ou seco, bem como o controlo e rigidez das rodas utilizadas com disco.

A versão S-Works vem com medidor de potência da marca, o que torna esta bicicleta muito mais completa do que as suas rivais.

As linhas clássicas que definiram a Tarmac nos últimos 10 anos desapareceram, mas de acordo com a marca o desempenho racing e estradista desta bicicleta não só se mantém, como melhoraram.

Se é verdade ou não? Esperamos um dia vir a experimentar e tirar conclusões no terreno, tanto na versão disco como normal.

 

Fotos:

Robin Schmitt – granfondo cycling, Brad Kaminski – Velonews.comroadbikeaction.com

 

Luís Beltrão

Mr.B.

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