Giro – Decisões no Vale dos gelatieri

Giro – Decisões no Vale dos gelatieri

Val di Zoldo dá início ao tríptico montanhoso que fecha o Giro de Itália. No topo da montanha há um gelato (e quem sabe um título) à espera do vencedor.

“Ti Amo” é um espaço de amor à cultura italiana e ao Giro. O comentador Gonçalo Moreira propõe 21 histórias para 21 etapas.

À partida para a 18ª etapa resistiam 126 ciclistas dos 176 que partiram da região dos Abruzzos, a 6 de maio. Após duas semanas de frio e chuva há que terminar forte em Roma, mas o caminho até à capital é longo e tortuoso.

O tríptico montanhoso arrancou na Piazza Grande de Oderzo na qual se destaca a catedral – que os locais conhecem como Torresin. O edifício data do século 10 e é um dos motivos para visitar esta localidade do Véneto; o outro é gastronómico já que se servem pratos de bacalhau (cru ou salteado), acompanhados por espargos verdes ou brancos, regados com o spumante Rose del Monticano.

Meta está no Refúgio Palafavera

Desde Val di Zoldo os corredores acedem à vertente desta montanha situada na parte Norte do Parque Nacional das Dolomitas Bellunesi. A meta está no Refúgio Palafavera onde o espaço é reduzido, aliás, os corredores têm ordens do organizador para descer o mais depressa possível após o final da etapa para evitar aglomerações.

Espera-se um dia de sol, embora o auge de afluência de visitantes nesta zona seja no inverno: Val di Zoldo tem 72km de pistas e o resort Ski Civetta é o epicentro da ação.

A província de Belluno, na região de Veneto, esconde uma tentação gastronómica atrás da outra.
Créditos: RCS

Vale dos Gelatieri

Os passeios aqui são obrigatórios sejam de bicicleta ou a pé. Basta pensar no que se come para perceber que se não quisermos regressar com uns quilinhos a mais é mesmo preciso dar à perna.

Para isso estão os trilhos da Floresta de Cansiglio, a segunda maior de Itália. Se a condição física não permitir a alternativa é passear por Cibiana di Cadore, onde as casas levam a arte à rua através de mais de 50 murais criados por artistas contemporâneos que retratam a zona ao longo dos tempos.

E já vos falei dos gelados? Esta parte das Dolomitas, concretamente a zona atravessada pela 18ª etapa, é conhecida como o Vale dos Gelatieri. Foi de Zoldo que no início do século 19 emigraram experientes gelatieri para várias partes do mundo exportando a técnica que torna este produto um símbolo da região.

Segundo o Turismo das Dolomitas, o gelado artesanal é sinónimo de produtos frescos e genuínos: cacau, vagens de baunilha, leite, ovos, açúcar, fruta de temporada. Podem descobrir estes e outros detalhes no festival do gelado que se celebra anualmente a 24 de março.

Subscreve a newsletter semanal para receberes todas as notícias e conteúdo original do TopCycling.pt. Segue-nos nas várias redes sociais Youtube , Instagram , Twitter , e Facebook.

Noticias relacionadas

Bicicletas ENVE aterram no World Tour em 2024

Bicicletas ENVE aterram no World Tour em 2024

Três momentos subestimados no ciclismo em 2023

Três momentos subestimados no ciclismo em 2023

Taça do Mundo de Ciclocrosse – Flamanville

Taça do Mundo de Ciclocrosse – Flamanville

Três triunfos que surpreenderam o ciclismo em 2023

Três triunfos que surpreenderam o ciclismo em 2023

Utilizamos cookies para garantir a funcionalidade e melhor experiência de navegação no nosso site. Saber mais