Após uma semana de grande espetáculo nas várias categorias e especialidades do ciclismo, para o último dia estava guardado o “prato principal”, a prova de fundo masculina dos Campeonatos do Mundo.
Em solo belga, numa corrida de 270 quilómetros e com várias rampas duras, muitos atribuíram o favoritismo à Bélgica de Wout van Aert e Remco Evenepoel, enquanto outros como Mathieu van der Poel, o então actual campeão do Mundo Julian Alaphilippe, ou Sonny Colbrelli poderiam também lutar pela vitória.

Foi mesmo Julian Alaphilippe que acabou por revalidar o título de Campeão do Mundo, e diga-se que, tirando o trabalho de Remco Evenepoel para a sua equipa durante toda a corrida, foi a França e Alaphilippe que mais fizeram por vencer este Mundial na Flandres.
O francês atacou várias vezes até conseguir a fuga final, que afastou os favoritos à partida Wout van Aert, Sonny Colbrelli e Mathieu van der Poel da frente. que acabaram por ficar num grupo que não teve organização para perseguir o francês.

As circunstâncias de corrida fizeram com que Powless (EUA), Valgren (Dinamarca) e van Baarle (Países Baixos) se juntassem a Stuyven (Bélgica) na perseguição, enquanto um grupo de favoritos como van Aert, van der Poel e Colbrelli, ficaram noutro grupo atrás.
Alaphilippe, apesar de parecer cansado durante os 10 km finais, nunca baixou os braços, foi ganhando segundo a segundo sobre o quarteto de perseguição atrás, que vendo a distância aumentar começou a pensar na corrida pelas medalhas em vez da camisola do arco-íris.

Julian Alaphilippe terminou isolado, com tempo para festejar e devolver os aplausos da multidão que havia na meta, tornando-se no primeiro francês a conquistar dois títulos de campeão do Mundo de fundo dos Mundiais de estrada.
No grupo perseguidor, Powless iniciou o sprint pela prata, mas van Baarle e Valgren venceram o sprint para a Prata e Bronze, enquanto que Jasper Stuyven (Bélgica) não conseguiu a desejada medalha dos belgas, que tanto trabalharam durante a corrida.

Não se pode deixar de destacar a disponibilidade física e postura constante de ataque e de ajuda à sua equipa de Remco Evenepoel, impressionante a corrida que o jovem belga fez. Hoje claramente a aposta belga em Wout Van Aert teria sido melhor em Remco Evenepoel, mas escolhas são sempre mais difíceis antes da corrida, do que depois da corrida.

Os portugueses
sabia-se que o circuito não era favorável a João Almeida, acabou por ser Rui Oliveira estar em maior destaque, sempre com Nelson Oliveira no apoio. Estiveram na maioria da corrida bem colocados, mas acabou por haver um corte no qual não seguiram com o grupo dos favoritos à vitória.
O melhor classificado foi Rui Oliveira que terminou no 39.º posto, seguindo-se depois João Almeida no 47.º posto, Nelson Oliveira no 55.º, enquanto Rafel reis e André Carvalho depois de efectuado o seu trabalho, não terminaram.
TOP 10 final
POS. | NOME | EQUIPA | TEMPO |
---|---|---|---|
1 | ALAPHILIPPE Julian | France | 5:56:34 |
2 | VAN BAARLE Dylan | Netherlands | 0:32 |
3 | VALGREN Michael | Denmark | 0:32 |
4 | STUYVEN Jasper | Belgium | 0:32 |
5 | POWLESS Neilson | United States | 0:32 |
6 | PIDCOCK Thomas | Great Britain | 0:49 |
7 | ŠTYBAR Zdeněk | Czech Republic | 1:06 |
8 | VAN DER POEL Mathieu | Netherlands | 1:18 |
9 | SÉNÉCHAL Florian | France | 1:18 |
10 | COLBRELLI Sonny | Italy | 1:18 |
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