Num dos dias mais únicos e especiais do calendário, a Strade Bianche de 2024 deu-nos mais um dia espetacular de ciclismo, com exibições para os livros de história. Esta corrida que perde quando comparada com os Monumentos pela falta de história, ganha sempre quando teima em dar-nos exibições históricas e monumentais.
Corrida feminina – Arco-íris depois da chuva
O aumentar de dificuldade na edição feminina de 2024 com adição de mais setores de sterrato, viu um maior número de ciclistas a conseguir chegar mais perto da meta com condições de disputar a corrida.
Num dia de ataques, o pelotão foi pondo ritmo e fechando espaços, perdendo consequentemente elementos nas estradas brancas da Toscana. A 10 quilómetros do fim ainda havia um grupo de 4 ciclistas com ambições reais de vencer em Siena.
Foi nesta altura que surgiu o ataque de Kopecky à qual se juntou Longo Borghini. As duas ciclistas conseguiram uma vantagem para a perseguição e seguiram juntas rumo à Via Santa Caterina.
Nas inclinadas rampas que levam à Piazza del Campo, Kopecky foi mais forte, deixando Borghini para trás, vencendo a Strade Bianche pela segunda vez e dando a quarta edição seguida à SD Worx. No terceiro lugar ficou a vencedora do ano passado, Demi Vollering.
Top 10
Posição | Ciclista | Tempo |
1 | KOPECKY Lotte | 3:55:43 |
2 | LONGO BORGHINI Elisa | 0:04 |
3 | VOLLERING Demi | 0:26 |
4 | NIEWIADOMA Katarzyna | ,, |
5 | VAN ANROOIJ Shirin | 0:40 |
6 | FAULKNER Kristen | 0:41 |
7 | MARKUS Riejanne | 1:01 |
8 | CHABBEY Elise | 1:54 |
9 | VOS Marianne | ,, |
10 | MUZIC Évita | ,, |
Corrida masculina – Não é Monumento mas foi monumental
A corrida masculina viu o favorito Tadej Pogačar fazer o que anteviu nas entrevistas antes da prova. “Vou atacar no Monte Sante Marie”. Este setor de 5 estrelas situado a 80 quilómetros da meta viu o esloveno atacar, sem capacidade e reação de mais ninguém.
A corrida masculina de 2024, foi talvez a mais desinteressante das 14 edições, e para isso foi preciso o corredor mais interessante do pelotão dar-nos uma exibição para ser contada aos netos.
Pogačar fez 80 quilómetros sozinho e levantou os braços (e a bicicleta), com uma vantagem de 2:46 minutos sobre Toms Skujiņš, e 2:50 para Maxim Van Gils que completou o pódio.
Às vezes, começamos a estar tão habituados a estas exibições a solo e cada vez mais longe da meta, que nos esquecemos do quão históricas e monumentais são. Miguel Ângelo se fosse vivo, estaria neste momento a esculpir Pogačar para colocar em Florença, ao lado de David.
Top 10
Posição | Ciclista | Tempo |
1 | POGAČAR Tadej | 5:19:45 |
2 | SKUJIŅŠ Toms | 2:46 |
3 | VAN GILS Maxim | 2:50 |
4 | PIDCOCK Thomas | 3:50 |
5 | MOHORIČ Matej | 4:25 |
6 | COSNEFROY Benoît | 4:39 |
7 | FORMOLO Davide | 4:41 |
8 | MARTINEZ Lenny | 4:48 |
9 | ZANA Filippo | 4:49 |
10 | LAPORTE Christophe | 5:17 |
Vídeo do ultimo quilómetro
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