Morreu o ciclista Simone Roganti. Tinha 21 anos e acabava de assinar contrato profissional com a Tour de Tietema-Unibet.
Simone Roganti tinha 21 anos e morreu subitamente na passada sexta-feira, 30 de agosto, em Itália. Foi-se deitar, sentiu-se mal, queixou-se aos pais e colapsou.
A agência noticiosa ANSA informou que um problema cardíaco congénito é a provável causa da morte.
Dias antes de falecer, Simone Roganti viajou para Amesterdão. À espera tinha o staff da Tour de Tietema Unibet, equipa do influencer Bas Tietema. O miúdo que representava a modesta Mg.K Vis-Colors for Peace foi aos Países Baixos cumprir o sonho de se tornar ciclista profissional.
Através das redes sociais da equipa neerlandesa segui a história. Vim-me abaixo ao ver o vídeo deste rapaz a agradecer à família a ajuda no caminho percorrido até ao primeiro contrato.
Era um atleta que eu não conhecia
Era um atleta que eu não conhecia. Vim a saber que era natural de Spoltore, paisano de Danilo Di Luca. Bom escalador, correu o Giro sub-23, mas foi no Vale de Aosta que brilhou fechando top 10.
A família, os amigos e a direção da Tour de Tietema Unibet despediram-se de Simone Roganti, esta quinta-feira, na cidade natal do jovem.
A província de Pescara, no centro-este do país, está de luto. O ciclismo está de luto.
Não quero normalizar a morte
Esta história fez-me recordar outros miúdos: o campeão da Roubaix sub-23, Tijl De Decker, o norueguês André Drege, que caiu na Volta à Áustria, as estrelas emergentes Bjorg Lambrecht e Gino Mader, os caídos em ação Michael Goolaerts e Antoine Demoitié.
Já para não falar de Michele Scarponi. Narrei as últimas corridas do Scarpa e do Lambrecht, dei a notícia da morte de ambos em direto.
É demasiado sofrimento para guardar cá dentro. Não quero normalizar a morte e por isso escrevo e enquanto escrevo choro.
Perdoem-me o egoísmo, mas se não escrever rebento! De certeza que vos acontece o mesmo, sentirem a perda de pessoas que nem conhecem pessoalmente.
De certeza que há nomes por mencionar, mas este texto é sobre emoções. Se me esqueço de alguém não é por mal.
Que descansem em paz.