Este artigo vem no seguimento do artigo que publicámos anteriormente passada sobre o que é uma boa suplementação. E os suplementos para ciclismo?
Num mercado competitivo e com imensas marcas, muitas vezes o utilizador tem a dúvida sobre que produtos são uma boa suplementação? Na hora de escolher entre várias marcas, qual escolher?
Atenção às armadilhas
Considero importante que na escolha dos produtos que decidimos colocar nos bolsos do jersey e no bidon, devam ser marcas que pela sua boa reputação e categorização no mercado, apostem num óptimo controlo de qualidade e de preferência tenham selos de certificação “doping free”, porque desta forma garantimos que desenvolvem um trabalho sério, cuidado e que se preocupam com a qualidade.
Devemos também olhar ao preço e não cair em “armadilhas”, pensando que por vezes estamos a pagar menos por um artigo, mas fazendo bem as contas não, pois a qualidade pode ser inferior.
Temos de olhar não só aos ingredientes mas também ao peso do produto, e através de matemática básica determinar o preço por kg., conseguindo assim ter uma base de comparação com outros produtos.
Muitas vezes somos tentados a seguir por marcas brancas, e desta forma ficamos a perceber que são produtos de inferior qualidade e se provavelmente até mais caros ou com o mesmo preço.
Exemplo: um gel de 50mg. pode ser mais barato que um de 150mg., mas na realidade necessitamos de 3 géis de 50 mg. para obter a quantidade de energia fornecida pelo de 150 mg., que no final de contas acaba por ser mais barato ou ter o mesmo preço que os 3 géis de 50mg.
Saber ler os rótulos:
Nos rótulos há palavras-chave que refletem a qualidade dos açúcares presentes, como por exemplo: Maltodextrina, frutose, dextrose (ou glucose) palatinose, isomaltulose.
No caso de produtos além de energéticos, ou seja, isotónicos, devemos procurar por ingredientes (Sais) com as seguintes expressões: Cálcio, Sódio, Potássio, cloretos e Magnésio (principalmente) nas formas de sorbato ou citrato.
Nos rótulos também devemos ter especial atenção às gorduras, principalmente as saturadas. Estas preferencialmente devem ser inferiores a 5% na referência nutricional do produto.
Sempre que verificares a sua presença no rótulo, deves procurar pelas gorduras hidrogenadas (saturadas) e evitar, por exemplo: Óleo de palma, girassol, margarinas etc.
A proteína
Outro elemento que não nos traz benefício na hora de produzir e absorver energia é a Proteína. Um excelente e essencial macronutriente, no entanto durante um treino ou competição o nosso corpo quer essencialmente um alimento com um rápido esvaziamento gástrico (menor tempo no processo digestivo), e as proteínas por regra requerem uma digestão mais lenta. Em termos energéticos também não nos oferecem alternativa.
Portanto vamos guardar este macro para além dos momentos do treino. No rótulo se tivermos entre 5 a 10% na referência nutricional do produto, é aceitável. Mais do que isso significa que pode ser um óptimo produto para tomarmos logo após o treino ou competição, como alimento de recuperação pós- esforço.
Ingredientes a evitar
Por último, podemos ainda evitar ingredientes como leite, adoçantes como aspartame e gorduras hidrogenadas como já referido.
A ordem/posição em que aparecem na enunciação dos ingredientes, refere-se a uma maior ou menor concentração.
Exemplo: se o segundo ingrediente a surgir é leite, podemos esperar que este se encontra numa grande concentração do produto em causa.
Pensar simples
Olhar para estas questões, escolher produtos simples na sua composição e com os elementos que realmente necessitamos para suster intensidade e volumes de treino. Desta forma garantimos os elementos chave para alimentar as nossas necessidades energéticas e hídricas durante as nossas sessões de treino ou competições/ desafios.
Alguns bons exemplos
No mercado temos marcas que garantem qualidade, responsabilidade e cuidado no desenvolvimentos dos seus produtos.
Na ndurance.cc, podem encontrar marcas como a Zeus bars (barras energéticas de fabrico nacional com uma qualidade acima da média em termos de ingredientes).
A SiS é boa opção na gama de produtos que se adequa ao ciclismo, a Powerbar dispõe também de uma boa gama para ciclismo, a chimpanzee aposta em ingredientes orgânicos, entre outros, sendo também adequada para ciclismo.
Por: Edgar Santos, treinador de ciclismo com título profissional nível 2, pós graduado em rendimento desportivo, certificação de nível máximo Trainingpeaks, formações temáticas nas áreas da nutrição desportiva, sistema cardiovascular, vias metabólicas e treino concorrente.
O Edgar desenvolve a sua actividade de treinador por via da ndurance.cc, uma empresa ligada ao treino de ciclismo e à comercialização de alimentação funcional adequada a desportos de endurance.
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