Pistards portugueses saem da Taça das Nações de Hong Kong a um passo dos Jogos Olímpicos. Maria Martins repetirá Tóquio e seleção masculina fará história.
O dia 20 de março é o dia internacional da felicidade e nada me deixa mais feliz do que ver Portugal com uma ampla representação no ciclismo em Paris 2024.
No ciclismo de estrada Portugal terá dois homens e uma mulher nas provas olímpicas. A seleção masculina não falha o apuramento desde Atlanta 1996, os Jogos que marcaram a última presença do país na corrida feminina.
A pista entrou no radar olímpico nacional quando Maria Martins se tornou a primeira atleta a apurar a nação para Tóquio 2020. Quatro anos mais tarde os pistards masculinos preparam-se para se juntar à festa.
Nada disto seria possível sem o velódromo de Anadia, a infraestrutura que serviu de trampolim para a atual geração de atletas.
Apuramento está no bolso!
Curiosamente o apuramento foi selado em Hong Kong, na ronda 2 da Taça das Nações. Foi também em Hong Kong que, em 2019, Portugal perdeu o apuramento para Tóquio.
Nesse Madison, que Iúri Leitão fez com Ivo Oliveira, o vianense caiu e Portugal terminou no penúltimo lugar com três pontos.
Cinco anos depois Leitão fez dupla com João Matias e juntos somaram 33 pontos, fechando no 4º lugar. A isto há que acrescentar o 6º posto de Iúri Leitão no omnium, onde venceu a eliminação.
A um evento do fecho da qualificação olímpica Portugal subiu dois lugares e é o 3º país no ranking do Madison, além de ter mantido 3º lugar no omnium. O apuramento está no bolso!
Ciclo olímpico muito trabalhado.
O caso de Maria Martins não é de um apuramento tão à vontade, mas de um ciclo olímpico muito trabalhado.
Hong Kong foi mais um passo rumo aos Jogos Olímpicos. Tata foi 9ª no omnium e somou 440 pontos. Além disso, bateu atletas de nações que são rivais diretas como Hong Kong, Chéquia e Espanha.
Cedeu alguns pontos para Lituânia e China, mas isso não se refletiu no ranking olímpico onde Portugal até subiu do 11º ao 10º lugar.
Com o final da Taça das Nações agendado para 12-14 de abril, em Milton (Canadá), chegará também a confirmação da presença de Maria Martins nos Jogos Olímpicos.
“A Maria fez um programa de omnium em crescendo, com uma prova de eliminação muito boa. Na corrida por pontos procurámos fazer a nossa prova em função daquilo que é o processo da qualificação e das adversárias diretas dessa situação. Conseguimos melhorar em relação à Taça das Nações da Austrália e dar mais um passo importante no sentido da qualificação olímpica.”
Gabriel Mendes