
Patrick Lefevere, director da equipa
Deceuninck-Quick Step diz que é difícil arranjar patrocinadores por causa dos casos de doping.
O director belga reconheceu que os escândalos relacionados com o doping nos últimos anos, como o de Lance Armostrong, Bradley Wiggins, ou mais recentemente com Christopher Froome complicaram a tarefa de atrair patrocínios para a modalidade.
“O facto de ter alcansado 73 vitórias numa temporada não é garantia para encontrar patrocinador. O Doping continua a ser um obstáculo.
Declarou Lefevere numa entrevista à “Radio Télévision Belge Francophone” (RTBF)
O caso Froome fez estragos. Foi conduzido com falta de honestidade por parte dos meios de comunicação e da União Ciclista Internacional (UCI)”,
Lefevere comentou que, por cada vez que fazia uma apresentação para tentar atrair novos patrocinadores a pergunta que lhe faziam era sempre a mesma, “Que confusão é essa da história de Froome?”
“Ter que responder a essas perguntas foi um desafio para mim…”
“Espero que o director da Sky Dave Brailsford venha a encontrar menos problemas do que eu para salvar a sua equipa…”

Recorde-se que após ter tido um controle positivo por salbutamol (“broncodilatador” permitido até uma certa dosagem), o ciclista britânico teve luz verde para realizar o Giro e Tour, este ultimo já após a UCI ter aceite a decisão da Agência Mundial Antidoping (AMA), de acordo com a qual a amostra não era considerada positivo, mas que resultava de um uso permitido desse medicamento.
O director da Quick-Step acrescentou que essa história junta-se a outras anteriores como a de Wiggins, acusado pelo comité britânico de usar fármacos para potenciar o seu rendimento, e ainda à mais longínqua mas não esquecida história de Lance Armstrong.

“As pessoas não esqueceram as histórias ligadas a Armstrong”
“Os escândalos do doping e a retirada de um patrocinador como o que dá nome a uma equipa grande como a Sky danificam o ciclismo em geral…”
“Todos pensam que fiquei feliz com a situação do patrocínio da Sky se retirar no final de 2019, mas pelo contrário. Não é bom para o ciclismo. Se no mundo do futebol, o Madrid ou Paris Saint Germain acabarem isso não é bom para o mundo do futebol.”
Patrick Lefevere
Fonte: RTBF