Nairo Quintana já só pensa no dia 12 de outubro

Nairo Quintana já só pensa no dia 12 de outubro

O dia 12 de outubro promete ser uma data muito importante para o presente e futuro da carreira desportiva de Nairo Quintana.

O ciclista colombiano de 32 anos vai ser ouvido no TAD (Tribunal Arbitral do Desporto) depois de ter acusado tramadol (um analgésico, cuja utilização em competição é proibida) em dois controlos do Tour 2022, situação que levou à sua desclassificação da prova, por violação das regras médicas.

O atleta da Arkéa Samsic que tinha terminado o Tour de França na sexta posição da geral recorreu de imediato para o TAD, mostrando-se surpreso por tal situação e clamando inocência.

Desconheço totalmente o uso desta substância e nego tê-la utilizado na minha carreira. Com os meus advogados, vamos esgotar todos os processos para assumir a minha defesa e apresenta-los perante o TAD”

Declarações prestadas por Nairo Quintana a 17 de Agosto

O que é o Tramadol?

O tramadol é um analgésico, do tipo opioide, que atua sobre o sistema nervoso central, utilizado para o alívio de dores moderadas e fortes, embora não seja uma substância proibida pela Agência Mundial Antidoping (WADA), a sua utilização está, no entanto, proibida em competição pela UCI desde 2019, “ de forma a assegurar a saúde e a segurança dos ciclistas devido aos seus efeitos colaterais”.

Nairo Quintana incorre, assim, numa violação do regulamento médico da UCI e, contrariamente ao que se possa deduzir, não numa violação das regras antidoping.

Futuro em dúvida, com Astana à espreita

Após a audiência de dia 12, as conclusões finais do caso não deverão demorar muito a surgir.

Se assim for, e caso se confirme as expetativas de Quintana em ser ilibado da acusação, o seu futuro deverá passar pela Astana.

Depois de terem surgido alguns rumores acerca de um possível interesse da AG2R Citroën nos serviços do ciclista colombiano, tal situação não registou avanços, tendo sido, inclusivamente, desmentida pelos responsáveis da equipa francesa.

Quintana representa a Arkéa-Samsic desde 2020, depois de largos anos na Movistar, e ajudou a formação francesa a angariar pontos suficientes para garantir um lugar no WorldTour em virtude das boas prestações registadas.

A renovação do contrato entre Quintana e a Arkéa chegou a ser dada como certa, mas o timing desse processo coincidiu com a acusação de uso de tramadol, particularidade que não ajudou no acordo pretendido entre ambas as partes, tendo sido anunciado que não seguiriam juntos no futuro.

O vencedor da Vuelta, em 2016, e da Volta à Itália, em 2014, além de ter sido por duas vezes segundo no Tour, em 2015 e 2013, conseguiu, em três épocas de Arkéa-Samsic, um total de 11 vitórias.

Agradeço à equipa que me permitiu disputar muitas corridas, algumas delas ganhamos, outras perdemos. Tivemos altos e baixos, mas coloquei toda a minha experiência e aprendizagem à disposição desta grande equipa.

Consegui pontos para levar a equipa ao WorldTour, cumprindo assim o que foi prometido quando fui contratado”.

Resta agora aguardar pela audiência de 12 de outubro e da tão esperada decisão acerca do futuro de uma figura de inegável valor dentro do pelotão internacional.

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