Este fim de semana correm-se os Campeonatos do Mundo de ciclocrosse, o grande objetivo de Van der Poel neste inverno.
Apesar de ter conquistado 12 vitórias nas 13 corridas que disputou, o campeão do mundo só vê glória nelas, se conseguir arrecadar a camisola arco-íris por mais um ano.
É esta mentalidade de não se acomodar e querer mais, que faz dele um dos ciclistas mais seguidos do pelotão.
ADN de perseverança e determinação
Mais que uma estrela do ciclismo, Van der Poel é já uma estrela do desporto global. Os dois títulos mundiais em simultâneo em duas disciplinas diferentes são prova da sua versatilidade. Outra característica do detentor da camisola arco-íris, na vertente estrada e ciclocrosse que apaixona e entusiasma o público cada vez que corre, é a sua tenacidade e valentia.
O ciclista neerlandês gosta de correr ao ataque e mexer as corridas de longe. Caso alguém tenha capacidade para seguir com ele, consegue ainda ter tanque para um ou dois ataques que deixam os adversários colados à estrada, como fez na via de Santa Caterina em 2021.
Campeonatos do Mundo de Tabor
Antevendo os Campeonatos do Mundo de Tabor, Van der Poel comentou o fim de semana que se avizinha. Quando perguntado sobre o percurso, Van der Poel classificou-o como rápido e onde vai ser a condição dos ciclistas que vai permitir fazer diferenças:
“Estou preparado para tudo e gostava que fosse um percurso duro e com mais lama. Já provei que me dou bem em todo o tipo de terrenos e estou preparado para todos os cenários. Gosto de fazer as corridas à minha maneira, mas mesmo que à terceira volta não esteja sozinho, não vou entrar em pânico.”
Muito por culpa da lesão nas costas que o atormentou durante vários meses, Van der Poel chegou a ponderar abandonar o ciclismo, mas agora que recuperou a cem por cento, o seu gosto por correr voltou, e com isso voltaram as exibições monstruosas:
“Estou a adorar correr novamente. O inverno correu melhor que o que esperava e esperemos que acabe da melhor forma em Tabor. A preparação foi boa e se tudo correr como esperado, é no domingo que vou mostrar a minha melhor versão”
Rescaldo da época de ciclocrosse
Depois deste domingo, o neerlandês vai trocar a camisola arco-íris de ciclocrosse, pela de estrada, e já fez também uma pequena anotação sobre o que se segue:
“Não sei bem o que o ciclocrosse me trará em termos de preparação para a estrada. Interessa-me ser campeão do Mundo novamente, mas as outras corridas já não são bem objetivos. Estou contente que a época de ciclocrosse esteja a terminar. Depois de domingo, é tempo de descansar e preparar-me para a Primavera.”
Também desde há algum tempo que há dúvidas sobre a continuidade de Van der Poel no ciclocrosse, pelo menos a repetição de uma época com tantas corridas. Embora não tenha sido completa, o corredor de 29 anos fez 13 corridas até ao memento, tendo vencido e dominado 12 delas:
“É o gosto pelo ciclocrosse que me faz continuar a competir nesta disciplina. Mas como disse antes, um Inverno sem competição de vez em quando também nos faz bem ao corpo e à mente.”
Países Baixos em força em Tabor
Sobre a corrida de domingo, o ciclista da Alpecin-Deceuninck comentou a força dos neerlandeses e quais são os seus maiores adversários na última corrida de ciclocrosse que vai fazer esta temporada, mas a mais importante:
“No ciclocrosse, uma equipa forte faz menos diferença que na estrada. Somos nós próprios e as nossas pernas que têm de fazer a diferença. Acho que os oponentes mais fortes vão ser o Michael Vanthourenhout e o Thibau Nys.”
Nas sete vezes que Van der Poel correu no circuito de Tabor venceu sempre. Uma dessas vitória valeu-lhe o seu primeiro título mundial, com 20 anos em 2015.
Tabor 2024 poderá dar a Van der Poel a sexta vitória em títulos mundiais de ciclocrosse. ficando apenas a um de Erik De Vlaeminck mas também poderá significar um fim de ciclo perfeito.
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