Após o pódio no Giro de Itália, João Almeida abre a época no Paris-Nice com a mente colocada na estreia no Tour de France.
Semana importante na época de João Almeida. A estreia em 2024 acontece no Paris-Nice onde em 2022 venceu a classificação da juventude e foi 8º na geral.
O arranque era para ter sido diferente. Por doença não alinhou nem na Figueira Champion Classic nem na Volta ao Algarve.
O corredor natural de A dos Francos está sem correr desde que fechou a Vuelta a Espanha na 9ª posição. Em França sabe que há um corredor que chega em grande forma.
“O Remco [Evenepoel] chega como o número um para ganhar a corrida. Ele e o Primoz [Roglic]. É bom ver onde estou comparado com eles. O importante é fazer um bom contrarrelógio, depois temos dois finais em alto onde não podemos perder tempo. Talvez o vento jogue um papel na corrida, nunca sabemos, temos que ir dia a dia. O Primoz está também a fazer a primeira corrida, o Remco já fez Algarve e Figueira e ganhou ambas. Isso diz muito.”
João Almeida
Paris-Nice recupera o contrarrelógio por equipas
O Paris-Nice recupera o contrarrelógio por equipas com um senão: os tempos na meta serão tirados individualmente e não à passagem do terceiro corredor como é tradicional.
É um formato híbrido já usado na edição passada durante a vitória da Jumbo-Visma. Nesse dia houve quem chegasse com o bloco junto ou quem optasse por lançar o líder para a geral na parte final como se fosse uma chegada ao sprint.
Em Auxerre haverá que percorrer 26,9 km em terreno ondulante. Há dois topos a meio do trajeto – que supera os 400 m de acumulado – que agradam a João Almeida.
“Apontamos a um bom resultado, julgo que estamos todos a sentir-nos bem. Fizemos um bom reconhecimento e estamos contentes. O percurso é muito bom. Desde que façamos o nosso máximo ficaremos satisfeitos.”
Estreia de João Almeida no Tour de France
Pelo contrário, o percurso da 82ª edição do Paris-Nice não é bem ao estilo do líder da UAE-Emirates.
Após o contrarrelógio por equipas haverá duas etapas-chave. A 4ª finaliza no Monte Brouilly (3 km a 7,6%) e a 7ª na estância de Auron (7,4 km a 6,9%) com prévia passagem por La Colmiane (7,5 km a 6,9%).
Domingo a Corrida do Sol termina em Nice, no Passeio dos Ingleses, uma espécie de prelúdio da estreia de João Almeida no Tour de France. Nice acolherá o final do evento que pela primeira vez terminará fora de Paris devido aos Jogos Olímpicos.
“O percurso [do Paris-Nice]… não é a nossa corrida. Não há grandes montanhas, grandes finais, claro que será bastante duro. O contrarrelógio por equipas vai fazer a principal diferença e a corrida recomeçará a partir desse ponto.”