Chris Froome tem feito uma longa recuperação após a grave queda sofrida em 2019, quando durante um treino de preparação para a Volta a França embateu contra um muro a uma velocidade de 60km/h, tendo sofrido fracturas no fémur, no cotovelo e em algumas vértebras.
À data do acidente, Froome chegou mesmo a mostrar-se grato por ter sobrevivido ao incidente e durante a sua recuperação, não só teve que reaprender a pedalar, antes disso teve que reaprender a caminhar.
Depois de ser contratado pela Israel Premier Tech os resultados nunca foram de relevo, e não obstante “as bocas do mundo” afirmarem que estava acabado, Froome sempre mostrou tranquilo, dizendo que havia um caminho a percorrer na sua recuperação e que hoje em dia, com o acompanhamento e nutrição adequados, os ciclistas podem render mesmo com a sua idade (36 anos).
…aqueles que dizem que estou acabado, certamente não me conhecem.
Chris Froome
A questão é que os resultados mandam, e sem resultados ou provas de estar competitivo o director desportivo da Israel Premier Tech, Rik Verbrugghe, não convoca Froome para o Tour de França, até porque a equipa necessita urgentemente de pontos UCI para se manter no World Tour em 2023.
Ainda há duas vagas disponíveis na equipa israelita seleccionada para o Tour, e depois do 11.º lugar no Mercan’Tour Classic, o melhor resultado de Chris Froome em três anos, as chances de uma dessas vagas ser para ele, aumentaram.
“Tudo depende do Dauphiné e de como ele se sairá em junho. Ele fará também a corrida de Mont Ventoux depois do Dauphiné”,
Disse Rik Verbrugghe
Verbrugghe refere-se ao Mont Ventoux Challenge, que será realizado na terça-feira, 14 de junho, logo após o Dauphiné.
A Israel-Premier Tech também estará na Volta à Suíça (12 a 19 de junho).
“A Volta à Suíça é a nossa prioridade, com Fuglsang tentaremos o pódio ou vitória na geral. Ele terá o apoio da equipa”,
disse Verbrugghe
O director desportivo viu recentemente Fuglsang vencer o já mencionado Mercan’Tour Classic, e Michael Woods ficar em segundo, mas faz questão de mencionar Chris Froome apesar do seu 11.º posto na mesma corrida.
“…também vamos para o Dauphiné com um Chris Froome que está a melhorar rapidamente. Estou impaciente para ver como ele se vai sair nessa corrida. Ele está mais forte, mas o Dauphiné vai mostrar o que ele realmente pode fazer ao mais alto nível neste momento.
De acordo com Verbrugghe, em treino os dados de Froome indicam que está no caminho certo, mas é necessário ver como ele se sairá numa corrida.
O director desportivo belga afirmou ainda que Froome poderá estar no Tour, se for considerado capaz de vencer uma etapa.
Apesar de já ter vencido as três grande voltas, é óbvia a relação especial entre Chris Froome e Tour de França. O mês de Junho será mais um episódio da história de resiliência do britânico, que vai partilhando toda a evolução no seu canal Youtube, talvez a caminho da sua 10.ª participação no Tour.
Por: Luís Beltrão
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