Com o moinho do século XVIII como cenário e os diques a servirem de dificuldade, o circuito de Hulst tornou-se carismático, sendo também um dos favoritos de Mathieu van der Poel, que nos últimos 5 anos venceu lá 4 vezes e talvez por isso o tenha escolhido para fazer o regresso ao ciclocrosse na época 2022/23.
O “prato forte” deste domingo era (e foi) o regresso de Mathieu van der Poel, mas antes havia outra corrida, a feminina.
Corrida feminina
Fem van Empel entrou forte na temporada, mas Puck Pieterse está a responder e confirmar o potencial que já havia mostrado no final da temporada passada, hoje conquistou sua segunda vitória consecutiva na Taça do Mundo de Ciclocrosse.
Depois de ser o melhor em Overijse na semana passada, o talento de Alpecin-Deceuninck também conquistou a vitória em Hulst. Fem van Empel deu boa réplica a Pieterse nas primeiras voltas, mas depois uma queda levou-a a ter que se contentar com o segundo lugar.
Shirin van Anrooij, que também já venceu este ano, foi a terceira e confirma a tendência da actual temporada, a juventude é quem manda neste momento.
TOP 10 final
POS. | PAÍS | NOME | TEMPO |
---|---|---|---|
01 | Puck Pieterse | 46:31 | |
02 | Fem van Empel | + 42 | |
03 | Shirin van Anrooij | + 01:47 | |
04 | Ceylin del Carmen Alvarado | + 02:06 | |
05 | Lucinda Brand | + 02:12 | |
06 | Marion Norbert Riberolle | + 02:32 | |
07 | Helene Clauzel | + 03:01 | |
08 | Inge Van der Heijden | + 03:09 | |
09 | Line Burquier | + 03:14 | |
10 | Aniek van Alphen | + 03:33 |
Corrida masculina
Como descrevi no início do artigo, o “prato forte” era o regresso de Mathieu van der Poel, que nas entrevistas prévias já havia dito que se encontrava bem, mas a posição de partida desde trás (por razão do ranking actual) poderia impedi-lo de lutar pela vitória. Não foi o que aconteceu.
O tetracampeão mundial de ciclocrosse conseguiu vencer a Taça do Mundo, cruzando a meta isolado. Apesar de partir bem de trás Van der Poel rapidamente passou para a frente, após quatro minutos de corrida já podíamos ver o seu nome na liderança.
Mesmo tendo cometido alguns erros nas primeiras voltas, conseguiu recuperar e no final acabou mesmo por distanciar o actual campeão do mundo Tom Pidcock, vencendo com tempo para festejar calmamente.
De referir que o britânico teve azar (problema mecânico impediu de continuar), tendo cometido um erro que Mathieu van der Poel aproveitou para se isolar na liderança, mas os erros cometem-se quando existe pressão e essa pressão era van der Poel que estava a colocar com o ritmo que impôs.
Conclusão, Pidcock acabou por desistir, Laurens Sweeck e Eli Iserbyt acabaram por completar o pódio, sendo segundo e terceiro respectivamente.
TOP 10 final
POS. | PAÍS | NOME | TEMPO |
---|---|---|---|
01 | Mathieu van der Poel | 57:09 | |
02 | Laurens Sweeck | + 15 | |
03 | Eli Iserbyt | + 22 | |
04 | Lars van der Haar | + 30 | |
05 | Joris Nieuwenhuis | + 49 | |
06 | Michael Vanthourenhout | + 01:31 | |
07 | Felipe Orts Lloret | + 01:44 | |
08 | Jens Adams | + 01:50 | |
09 | Toon Vandebosch | + 02:11 | |
10 | Kevin Kuhn | + 02:18 |
Vídeo resumo
Temos um Mathieu van der Poel mais forte que na temporada passada, onde se apresentou no ciclocrosse com uma lesão nas costas, agora a expectativa é ver o regresso de Wout van Aert e o embate entre “os três magníficos” (porque mostram estar num nível acima de todos os outros), Pidcock, van der Poel e van Aert.
Subscreve a newsletter semanal para receberes todas as notícias e conteúdo original do TopCycling.pt. Segue-nos nas várias redes sociais Youtube , Instagram , Twitter , e Facebook.